Paraolímpicos treinam na raia

O esporte é uma grande ferramenta de reabilitação para deficientes físicos. A paulista Cláudia Santos, vítima de atropelamento, ficou quase um ano sem poder andar e, através da ONG Projeto Próximo Passo, começou com a natação. Mais tarde, a atleta passou a remar. Com apenas oito meses de treinamento no novo esporte, ela participou do Campeonato Mundial de 2007, disputado na Alemanha, e ganhou a medalha de ouro na categoria individual feminino A, a qual conta com atletas que remam usando apenas os braços.

Contando com atletas como Cláudia, a seleção brasileira embarcou para Pequim, onde, dia 6 de setembro, começam os Jogos Paraolímpicos de 2008. É a primeira vez que o remo adaptado será disputado e o Brasil tem grandes esperanças de medalha na China.

Nas preparações para a competição, a seleção treinou na raia olímpica da USP. “A raia daqui é um oásis, porque está próxima de tudo. Além disso, não existem outros lugares de treinamento como esse”, afirma Acácio de Melo, que treinou a seleção Pan-Americana de remo e deu auxílio técnico para os paraolímpicos.

Além de utilizarem a raia, os atletas contam com o alojamento do Cepê para se hospedarem. “Isso é uma das razões pelas quais estamos aqui. Não precisamos pagar hotel. Além disso, o equipamento físico, os barcos, as instalações, a raia são muito bons”, conta Elton Santana, que remará em Pequim na categoria dupla mista TA (com propulsão de tronco e braços).

Embora modesto, USP oferece apoio aos atletas paraolímpicos
Embora modesto, USP oferece apoio aos atletas paraolímpicos (foto: Rafael Benaque)