Historiador, professor, aluno de Letras e roteirista de história em quadrinhos e de games de celular. Gosta de Monty Python e Douglas Adams e afirma que se fosse um personagem de quadrinhos seria Calvin, de Bill Watterson. Esse é Cadu Simões, vencedor de um dos maiores prêmios de quadrinhos no Brasil, o HQMix de 2007, como roteirista revelação e um dos idealizadores do “Quarto Mundo”, um grupo de quadrinistas independentes.
Como faz o roteiro – sempre usando o humor em suas histórias – mas não desenha, conta com parceiros para que suas histórias ganhem vida nas páginas das revistas do “Homem Grilo”, da “Nova Hélade” e da “Garagem Hermética”, todas publicações independentes.
Após ser premiado no HQMix, Cadu Simões passou a trabalhar com roteiros para games de celular, mas sem deixar de lado suas produções de quadrinhos. Quanto à sua formação uspiana, acredita que foi essencial para fazer roteiros. Para ele, o curso de História e Letras foram importantes em suas criações, pois “dão, aos estudantes, muito mais arcabouço cultural”.
A aceitação dos quadrinhos no ambiente acadêmico ainda é problemática. Vê, dentro da USP e da FFLCH, certo desprezo das pessoas em relação às HQs.”Aqui muita gente acredita que quadrinho é uma arte inferior, literatura é o que importa”. Apesar disso, é otimista em relação ao mercado de trabalho e acredita que, daqui alguns anos “vai dar pra abandonar as outras coisas e viver só de quadrinhos”.