O período de adaptação de um intercambista na USP não é fácil: habituar-se ao idioma, às aulas, à cultura. Apesar disso, o americano Dhiraj Hans Coats, de 28, há pouco mais de três meses no Brasil, foi convocado para a seleção uspiana de vôlei masculino.
Mesmo há pouco tempo aqui, Dhiraj, aluno de Educação Física, já participou da Copa Unisinos e se destacou no torneio. “Para mim foi bom participar desse tipo de competição. O nível é alto e estou aprendendo bastante”, relata.
A idéia de vir para o Brasil surgiu há dois anos, quando uma professora lhe falou sobre a possibilidade de estudar na USP. “Ela me disse que o país era bonito, as pessoas receptivas e a universidade muito boa”. O americano também contou com o apoio de um amigo que já esteve no país. “Ele me animou. Me disse que os professores eram bons, as pessoas solícitas e as garotas muito bonitas”, brinca Dhiraj.
Para ele, há muitas diferenças entre o esporte universitário americano e brasileiro. “As pessoas aqui praticam um esporte só para se exercitar e, ainda assim, têm um nível bom”. Dhiraj diz que, em seu país, os grandes atletas vão para as universidades. “Nós recrutamos gente do país inteiro. O atleta universitário americano, na maioria das vezes, quer ser profissional”, afirma. Ele mesmo deseja se profissionalizar no vôlei de praia.
Há também uma diferença na infra-estrutura. De acordo com ele, nas universidades brasileiras, há mais modalidades praticadas que nos Estados Unidos. Na San Francisco State University, onde estuda, não há times de handebol e de ginástica artística, por exemplo. Mas a qualidade das instalações é superior. “Aqui, quando chove, há goteiras no ginásio. Lá isso seria consertado imediatamente”.