Tradição prevalece em finais dos Jogos da Liga

Poli, EEFE, Medicina e FEA farão maior número de finais da competição uspiana

O Cepê foi palco de combates empolgantes no último fim de semana de novembro. Apesar de não usarem armas ou punhos, os guerreiros do Cepê demonstraram toda a sua bravura na reta final da 7ª edição dos Jogos da Liga. Cancelada ano passado em virtude da greve que conturbou o calendário esportivo da USP, a competição voltou este ano com força total.

Muitas partidas tiraram o fôlego da pequena torcida que acompanhou os jogos, outras foram entediantes tamanha a disparidade entre as equipes. Para as finais dos dias 6 e 7 de dezembro, prevaleceu a tradição das grandes atléticas: enquanto EEFE e Poli farão 4 finais cada uma, FEA e Medicina estarão presentes em 3 confrontos decisivos. Entretanto, foi o IME quem mais esteve em semifinais. Em ascensão esportiva nos últimos anos, essa atlética estava em 8 semifinais, ficando fora apenas na modalidade futsal femino. Mesmo assim, o IME não conseguiu um bom aproveitamento, chegando a apenas uma final.

Como diz o famoso bordão esportivo: “clássico é clássico”. Na maioria das finais não há um claro favorito e tudo pode acontecer. No vôlei feminino, a Medicina suou para vencer o Direito (3×0), num clássico já nas semifinais. A levantadora Patrícia, distribuindo bem as bolas, e a ponta Verônica, virando todas, desequilibraram. Mas, na final, nada de sossego para a Medicina, que a equipe adversária é a Poli, atual campeã. “Tem uma rivalidade histórica, é sempre um jogo difícil”, disse a levantadora Patrícia. A Poli, nas semifinais, passou fácil pelo IME (3×0), e tem um time muito constante, que não diminui o ritmo nem com a entrada das reservas.

No Baby Barione, as equipes masculinas de futsal disputaram as semifinais [leia mais]. No tempo normal, Poli e FEA empataram, mas, na prorrogação, a Poli fez 4 gols e venceu. A disputa foi marcada pela tensão e reclamações contra a arbitragem. “Ele é bom, mas foi infeliz num lance decisivo” afirmou Evandro Villar, técnico da FEA, se referindo ao juiz Emerson Fernandes. O treinador da Poli, Boya, disse que a atuação do árbitro foi “sem erros graves” e já está pensando na final: “será um jogo difícil que vai ser decidido no fim.” O adversário da Poli foi definido na partida entre Medicina e IME. A equipe de Pinheiros marcou três gols e garantiu a vaga na final dos Jogos da Liga.

Jogador de hand da finalista Med ataca equipe da FEA nas quartas-de-finais (foto: Anne Mascarenhas)
Jogador de hand da finalista Med ataca equipe da FEA nas quartas-de-finais (foto: Anne Mascarenhas)

Ala-armadora Alê infiltra a defesa do IME em vitória na semifinal dos Jogos da Liga (foto: Marcos Guerra)
Ala-armadora Alê infiltra a defesa do IME em vitória na semifinal dos Jogos da Liga (foto: Marcos Guerra)

As semifinais do handebol masculino foram emocionantes. O primeiro jogo foi entre a Poli e a EEFE – uma partida dinâmica, com muito contra-ataque. A equipe da Poli segurou a partida durante o 1º tempo, mantendo uma diferença razoável no placar. Já no 2º, os politécnicos relaxaram, freando o ritmo de jogo e deixando a EEFE encostar na pontuação. Mesmo diminuindo a diferença, o time não conseguiu virar o jogo e a Poli se manteve na liderança, vencendo de 30 x 22.

O jogo seguinte, IME x Med, definiu o adversário da Poli na disputa. O time do IME começou dominando a partida e o placar. Aos 20 minutos do 1º tempo, uma expulsão polêmica do IME desestruturou a equipe e a Med virou a partida, que seguiu esse ritmo, terminando com uma diferença de quatro gols: 17 x 13 para a Med. Álvaro Casagrande, treinador da equipe vencedora, diz que foi um jogo equilibrado. Sobre a arbitragem, Álvaro afirma ter sido razoável, mas, segundo ele, a dupla de juizes não errou quando expulsou o jogador do time adversário.

No basquete feminino, as finais têm um quê de revanche, já que o confronto decisivo entre EFEE e ECA teve uma prévia na 1ª fase da competição. A EEFE chega à decisão após vencer a Poli em uma partida marcada pela precisão nos arremessos e roubadas de bola da ala Elisa, fechando o placar em 60×46 para a EEFE. Já a ECA teve um caminho mais complicado até a decisão. Mesmo com os arremessos de 3 pontos convertidos pela ala-armadora Alê, a ECA só abriu 6 pontos para o IME.

Embora a ECA tenha vencido o 1º jogo entre os times e a EEFE estar desfalcada de algumas das titulares, os técnicos dos dois times negam qualquer favoritismo ecano. O técnico da ECA, Frajola, diz que “a EEFE levou o 1º jogo de igual para igual, não há favoritismo”.

Errata

Na edição impressa do JC 347, foi informado o placar incorreto do jogo de handebol masculino entre IME e Medicina. A correção já foi feita na edição online.