Violência e má arbitragem prevalecem na semifinal entre IME e Medicina

As semifinais do futebol, no sábado (29/11), foram bem movimentadas. A FEA goleou a EACH, de virada, por 5 a 1. O IME suou para vencer a Medicina por 3 a 1. Neste jogo, três atletas foram expulsos e o juiz não teve grande controle da partida. A disputa foi, por vezes, truncada no meio de campo. A FEA, entretanto, mostrou leveza ao garantir-se na final. A partida que define o campeão ocorre neste fim de semana.

O jogo entre IME e Medicina esquentou já no primeiro tempo. A Medicina não estava com todo o time titular, pois se poupava para um jogo contra a FEA por outra liga. Com menos de 20 minutos e já com um cartão amarelo, o IME abriu o marcador, depois de um bate-rebate no campo de ataque. Marcio, camisa 35, chutou para cima e a bola encobriu o goleiro da Med antes de entrar. No meio do primeiro tempo, a confusão. Fernando, da Med, faz uma falta e é provocado por Fábio, do IME. Fernando empurra o adversário e leva o amarelo. Logo depois, ele se envolve em nova falta e Fábio não deixa barato. Fernando é expulso pelo árbitro Alexander Vracovsky e parte para cima dele, mas é apartado pelos companheiros. Quando o assitente permitiu que o técnico substituísse Fábio, houve mais conufsão. O árbitro disse não ter autorizado a troca e chamou o jogador do IME de volta, para, então, expulsá-lo pela briga. Dessa forma, as duas equipes passaram a jogar com 10 em campo.

Fernando se irritou com Vracovsky. “Dá para ver que ele está mais perdido que tudo. O time de lá vem para cima de mim, me provoca, o juiz vê de longe e vem me expulsar. Mas eles ficam xingando e o juiz não faz nada”, reclamou. O time do IME também ficou indignado. “Nem sei por que fui expulso”, disse Fábio. O árbitro disse que a expulsão do jogador do IME ocorreu por ele ter agredido o jogador da Med na confusão. “O jogo está tranquilo. Houve uma deselegância do jogador 17 (Fernando, da Med), causando a falta e um pouco de confusão. Mas nada que no segundo tempo eles não se acalmem”, defendeu-se Vracovsky no meio da partida.

O IME voltou do intervalo pressionando. A Med, quando aparecia, parava no goleiro Sacha. Aos 10 minutos, Marcio faz mais um, num chute fraco que a Med aceita. Marcio comemorou a própria sorte. “No primeiro gol, eu dei sorte. Parecia que ia para fora. Mas eu chutei no gol. No segundo, acho que foi frango do goleiro”, reconheceu. Logo em seguida, o IME ampliou com Tuka, em cobrança de pênalti.

No final do jogo, o IME perdeu o lateral Fe Seixas, depois de falta desnecessária no campo de ataque, que lhe rendeu o segundo amarelo. Num cruzamento para a área do IME, o árbitro apitou e, em seguida a bola entrou. Ele parecia ter dado o gol, que o IME não aceitava. Depois de muita discussão, foi marcado pênalti para a Medicina, no lugar do Gol. João bateu para diminuir.

O técnico do time vencedor, Rodrigo Iglesias, lamentou a arbitragem, mesmo com a vitória. “Foi horrível. Inclusive já era consenso dos dois técnicos no fim do jogo de relatar isso para o árbitro não apitar mais”, contou.

O adversário do IME será a FEA. Também se poupando para o jogo contra a Med que teve no domingo, pela Liga ABC, o time entrou com vários reservas contra a Each. Ainda assim, a FEA tinha qualidade no toque de bola. Mas a EACH também tinha um bom time e abriu o placar com o camisa 10, Tainã, jogador que demonstrou muita vontade ao longo do jogo. A FEA pressionou, mas sem alcançar o gol e foi com a derrota parcial para o intervalo.

No início do segundo tempo, com várias alterações, a FEA dominou o jogo. Com muita habilidade, Henry, atacante com a camisa 9, criou boas chances. Mas foi o Feo, pela ponta direita que empatou o jogo. Logo em seguida, Henry chuta na entrada da área para encobrir o goleiro e acerta o travessão. Aos 15 minutos, o mesmo jogador chuta forte para a virada.

O camisa 10 da FEA, o meia Peter, além de boas assitências para Henry, deixou sua marca. Fez o terceiro num golaço de fora da área, aos 20 minutos. Cinco minutos depois, Leo, camisa 6, pela esquerda, fez jogada individual no contra-ataque, driblou um zagueiro e chutou cruzado para fazer o quarto gol do time. A partir daí, a FEA só administrou. Mas ainda sobrou tempo para Henry brilhar. Num lance, ele driblou três e chutou perto da trave, para fora. Faltando pouco 10 minutos para o fim, ele cobrou um escanteio pelo lado direito e já foi para área. A bola voltou para seus pés, o craque driblou um e bateu cruzado no âgulo esquerdo, sem chance para o goleiro da EACH.

“Vontade de vencer a partida”, disse Henry para explicar a virada. Ele também ressaltou que as substituições, que voltaram com o time titular, também ajudaram o time. Sobre a final contra a FEA, disse: “É um jogo difícil. Tivemos dois jogos contra ele eles, ganhamos um e perdemos outro”. Quando perguntado se também ia desequilibrar, ele disse, modesto, que tem que fazer mais gol.