Mudança administrativa melhora segurança

Com a substituição das prefeituras dos campi da USP pelas coordenadorias, através do Projeto de Descentralização Administrativa, ocorrerão mudanças nas políticas de segurança da Universidade. É o que afirma o coordenador do Grupo de Estudos Técnicos de Segurança da USP, Ronaldo Elias Pena.

Segundo Pena, há planos para melhorar o controle de acesso às portarias do campus e para aumentar a vigilância em locais considerados de risco, como a região do Hospital Universitário e a saída de pedestres da Vila Indiana. O coordenador declara que o Grupo está desenvolvendo um plano de atividade conjunta entre a Polícia Militar e a Guarda Universitária para combater a criminalidade. Entretanto, ele afirma que as áreas localizadas fora da Cidade Universitária são de responsabilidade da PM, que, segundo ele, já está intensificando as ações.

Em dezembro de 2008, foram implantadas câmeras de segurança em diversos pontos. Conforme Pena, desde então foi possível observar a migração da criminalidade das avenidas principais do campus (mais monitoradas) para os bolsões, onde o número de câmeras é menor.

Segundo o coordenador, é preciso haver melhorias práticas na infra-estrutura de controle da segurança, como, por exemplo, na estrutura viária. Além disso, ele afirma que é necessário colocar regras para as festas no campus, como impor limites em relação ao número de pessoas, à freqüência dos eventos e aos locais de realização. “Do ponto de vista da metodologia, a segurança tem se profissionalizado e respondido bem às demandas. Vivemos em uma cidade violenta chamada São Paulo e não podemos omitir os reflexos disso para a USP”, diz.

Pena chama a atenção também para a importância da colaboração da comunidade para a redução da criminalidade. “Segurança se faz com apoio comunitário. Lembramos que, enquanto temos na média um furto por dia [dentro do campus da capital], por outro lado, temos, ao ano, 1.700 veículos deixados abertos pelo usuário”, conclui.