Saiba mais sobre as obras de Arte Frágil, Resistências

Conheça algumas das obras que integram a exposição Arte frágil, Resistências (leia mais), que estará aberta à visitação até 9 de agosto, no MAC Ibirapuera.

Pigeau retrata vulcão do México (foto: Divulgação)
Pigeau retrata vulcão do México (foto: Divulgação)
Obras francesas

Escolhidas pelo curador Jacques Leenhardt, os destaquem ficam por conta de Em estado, fotografias de Franck Gérard isentas de manipulação digital, e das pinturas murais de Michel Blazy, que mostram a degradação do meio ambiente. Há também obras mais específicas, como a de Jean-Charles Pigeau, que representa a influência dos movimentos da calota terrestre no vulcão mexicano Popocatepetl.

“O leque das propostas oferecidas pelos artistas vindos da França exprime a diversidade de suas sensibilidades e a variedade de seus meios”, explica Leenhardt. “Colocados em ressonância com as obras dos artistas do Brasil, elas falam todas do sentimento de urgência comum”, conclui.

Obras brasileiras

Caio Reisenwitz traz ampliações fotográficas nas quais mostra a natureza desde sua forma intacta até a sua destruição pelas práticas humanas. Usando chapas de filmes fotográfico de altíssima definição, Reisenwitz procura impactar o espectador com o realismo para dar a sensação de estar nos locais retratados.

Já José Bento, em sua série fotográfica, traz o impacto destrutivo das queimadas. O trabalho faz referência ao filme da década de 1980 Iracema, uma transa amazônica, dos brasileiros Jorge Bondanzky e Orlando Senna, que denuncia essa prática. O artista registrou uma queimada artificial, em cerca de 80 árvores que ele mesmo esculpiu utilizando madeira para reciclagem.

A artista Brígida Baltar reúne vídeo e desenhos na obra Quando fui carpa e quase virei dragão, que procura evidenciar aspectos mágicos e culturais do tema ecológico. O vídeo foi feito no Japão, em 2004, e conta a fábula de tradição oriental na qual a carpa é símbolo de fortaleza e resistência da natureza. “Os peixes nadam contra a correnteza até atingir a nascente. Segundo a mitologia, quando isso acontece, as carpas se transformam em belos dragões”, diz Brígida. Já a artista Amélia Toledo utiliza aço inox, areia, fucsita e quartzo verde e azul em sua instalação, na qual procura mostrar a tensão entre o natural e artificial, da natureza e tecnologia.

Rosa lisérgicas, de Walter Goldfarb, reúne trabalhos nos quais o artista se utiliza de pinturas e fotografias para fazer releituras de obras famosas, como a de Monet, em sua outra obra Jardim dos Lírios Lisérgicos. A mostra tem ainda uma trilogia de vídeos de Ricardo Ribenboim, a instalação de Laura Belém, feita com uma canoa construída em areia compactada, entre outras obras.