Além de prolongar as férias e incentivar uso do álcool gel, Instituto Butantan terá vacinas em outubro
Por todo o país, ela é o assunto do momento. A Gripe A, conhecida como Gripe Suína, não tardou a atingir o campus da maior universidade do país, em São Paulo. Desde os três casos detectados no dia 25 de junho na Faculdade de Economia e Administração (FEA), muitas medidas foram tomadas para que a transmissão do vírus H1N1 entre os mais de 90 mil alunos, funcionários e professores fosse abrandada.
Seguindo recomendações da Secretaria Estadual de Saúde, a USP, juntamente com a Unesp e a Unicamp, adiou em duas semanas o retorno às aulas. Essa decisão ocasionou mais do que o aumento das férias dos estudantes e docentes. Além do cancelamento do recesso da Semana da Pátria, as aulas também se estenderão até dia 17 de dezembro.
No entanto, nem todas as atitudes preventivas foram tomadas em todo o campus. O gel à base de álcool, por exemplo, está disponível para a comunidade nos bandejões e em algumas unidades, como na Faculdade de Economia e Administração (FEA). Já na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) e na Escola de Comunicações e Artes (ECA), por exemplo, ele não é encontrado. Segundo a assistente administrativa da ECA, Bárbara Leitão, a medida é desnecessária. “A prioridade é para os setores de atendimento ao público, não temos condições de colocá-lo em todos os corredores”, disse ela, “A prioridade será manter os banheiros limpos, com água e sabão disponíveis.”
Medidas preventivas à parte, o campus da universidade concentra o tratamento dos pacientes da cidade de São Paulo. O Hospital Universitário é um dos quatro hospitais credenciados para tratar os casos suspeitos. Foi reservado todo o terceiro andar do prédio para infectados com o vírus H1N1.
A atenção de todo o país, no entanto, se volta para a recém incorporada unidade da USP, o Instituto Butantan, que anunciou dia 11 de agosto já possuir a matéria-prima para a fabricação da vacina contra a Gripe A. Ela começará a ser produzida em outubro e, até o primeiro semestre de 2010, a expectativa é de que já tenham sido fabricadas cerca de 30 milhões de unidades.