Museu tematiza corrupção brasileira

Diante da infinidade de escândalos políticos que povoam os noticiários brasileiros, é fácil o eleitor se confundir e esquecer alguns deles. Buscando preservar a memória desses acontecimentos, o Diário do Comércio concebeu o Museu da Corrupção, um espaço virtual criado para relembrarmos alguns desses acontecimentos – e usarmos esse conhecimento para exercer nossa cidadania.

Convidado pelo Centro Acadêmico XI de Agosto, o Museu inaugurou uma exposição temporária nas arcadas da Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Acompanhando tal temática, o C.A. lançou recentemente um manifesto em repúdio aos atos secretos e à corrupção no Senado. Nele, os estudantes questionam a falta de mobilização da sociedade civil, que legitima a impunidade ao re-eleger políticos que comprovadamente envolveram-se em escândalos.

As causas dessa desmobilização são investigadas pelo professor José Álvaro Moisés, da FFLCH. Ele alega que o brasileiro não se sente representado por instituições como o Senado e o Congresso Nacional e não vê importância em cobrar ativamente os políticos do Legislativo, porque não acredita que possa “mudar o país”. Além disso, o brasileiro critica a corrupção política, mas torna-se tolerante em relação a essas práticas quando se referem à sua vida cotidiana.