Adusp realiza eleição não-oficial para reitor entre docentes

A Associação dos Docentes da USP (Adusp) realizou nos dias 14 e 15 uma votação paralela à oficial para a escolha do próximo reitor.

No processo, todos os professores da universidade puderam votar, em contraposição ao Estatuto da USP, que prevê voto apenas para as congregações das unidades, os quatro conselhos centrais e o Conselho Universitário.

“A intenção foi de problematizar o processo sucessório estatutário. Era uma nova oportunidade de se contrapor modelos de universidade, como foi feito em 2001, quando montamos também uma eleição”, explica João Zanetic, presidente da Adusp.

O professor Francisco Miraglia foi o vencedor, com 41,39% dos votos. Glaucius Oliva, que ganhou o primeiro turno nas eleições oficiais, ficou com 15,06%, em segundo lugar e Sonia Penin (12,29%) em terceiro.

No processo votaram, no total, 1244 professores dentre os 5434 atuantes na USP, sendo 1155 válidos (tirando os brancos e nulos). “A ADUSP tem associados algo em torno de 40% do total de professores na ativa. Mesmo assim, o número de votantes foi menor que isso. Mas não deixa de ser significativo por não ser um voto institucional, obrigatório, foi um voto livre”.

Zanetic reiterou ainda que o fato de as eleições oficiais serem fechadas gera alienação, a qual se reflete mesmo em votações abertas paralelas.