Professores do Instituto de Matemática e Estatística (IME) estão usando salas de docentes e da chefia do departamento para fumar, em desrespeito à lei de 7 de agosto de 2009 que proíbe o consumo de cigarros em ambiente fechados ou parcialmente fechados.
Mesmo antes do início da lei antifumo, a professora Maria Izabel Martins luta para que a lei seja cumprida onde trabalha. Antes da atual legislação, locais fechados, de fumo permitido, eram sinalizados e não havia sinalização permitindo que se fumasse dentro das salas dos docentes e no salão de chá.
Mesmo assim, professores fumavam nesse ambientes e, segundo a professora, jogavam cinzas e bitucas de cigarros pelo chão.
Em março deste ano, foi encaminhado um email à Ouvidoria Geral do Campus. A carta resposta, assinada pelo professor Ruy Laurenti, julga o caso como sendo uma questão mais de educação do que de legislação e aponta que verificar o cumprimento da lei cabe ao professor Paulo Cordaro, Diretor da Unidade.
Fiscalização Frustrada
A professora, assim que a lei entrou em vigor, fez cerca de 15 denúncias. Uma delas resultou na visita de fiscais ao bloco A, no dia 23 de setembro. Segundo ela, com a chegada da vigilância sanitária, os docentes “se esconderam” na sala do chefe do Departamento de Matemática Aplicada. Não houve autuação, apesar de bitucas e cinzeiros poderem ser usados como evidências para aplicação de multas, mesmo que não haja flagrante.
Procurado pelo Jornal do Campus, o diretor do IME, professor Paulo Domingos Cordaro, não quis se manifestar sobre o assunto.