Os graduandos membros do Conselho Universitário e dos Conselhos Centrais não participarão das etapas para a escolha do novo reitor. A decisão foi tomada na última Assembléia Geral dos Estudantes, ocorrida no começo de outubro, e expressa um protesto dos discentes contra a atual estrutura eleitoral da USP .
Segundo Débora Manzano, diretora do DCE e representante discente no Conselho de Graduação, a organização das eleições para reitor não permite que a opinião dos estudantes seja relevante, uma vez que a participação estudantil nos Conselhos é baixa e a escolha final é feita pelo Governador do Estado.
“É preciso questionar o sistema eleitoral/administrativo em si. E a melhor maneira de fazer isso é não aceitar essa organização imposta e nem se prender a ela”, afirma Débora.
Em contrapartida, a Associação de Pós-Graduandos (APG-USP) não aderiu ao boicote e sugere que os seus representantes votem no candidato Francisco Miraglia, vencedor da consulta eleitoral realizada entre alunos da pós.
Do total de eleitores, no primeiro turno, 165 são alunos (98 de graduação e 67 de pós), 69 são funcionários e cerca de 1.650 professores. Já no segundo turno, quando só votam membros dos Conselhos, a participação geral cai para cerca de 330, dos quais 40 são estudantes (19 de graduação e 21 da pós).