Rodas quer parcerias público-privadas

João Grandino Rodas assume a reitoria com pretensões de grandes mudanças. O dirigente pretende fazer das parcerias uma forte alternativa para obter verba e modernizar a infraestrutura da USP. “Não podemos achar que todo o dinheiro do Estado deve vir para a Educação Superior”, Rodas citou principalmente a possibilidade de requisição de verba ao BNDS e ao Banco Mundial.

Outra intenção é  devolver à Antiga Reitoria, de início, o gabinete do reitor e, posteriormente, toda a administração alocada próxima ao Crusp. A justificativa é que a ocupação do atual prédio foi uma decisão da ditadura militar com o fim de reduzir a permanência estudantil em um prédio que deveria pertencer ao Crusp.

As políticas a serem continuadas são principalmente a do Inclusp, aprovado em 2006. “Por um lado, ele não anula o mérito acadêmico e, por outro, ajuda aqueles que não tiveram um ensino médio razoável”, avaliou Rodas, considerando ampliar o benefício.

Sobre a Univesp, Rodas faz uma distinção: “Ensino à distância não existe e nem pode existir. Não temos a preparação pedagógica nem a prontidão psicológica para tal. O que faremos é o ensino semi-presencial”. Apesar dos constantes protestos associando Univesp e precarização do ensino, o dirigente acredita que ela pode ser uma forma de empregar as novas tecnologias no ensino. Para ele, isso é algo que acontece no mundo inteiro e pode ser bem sucedido se tiver boa regulamentação.

A respeito da consulta prévia à comunidade USP antes de realizar mudanças, Rodas garante que nada será construído sem diálogo amplo e aberto para toda a universidade.

O futuro reitor, no entanto, não explicita quais serão os canais de comunicação que irão tornar esse debate possível.