XI de Agosto gasta 94 mil em obra

Centro Acadêmico da Faculdadede Direito excede em 14 mil reais orçamento para reforma da vivência
Vivência do Centro Acadêmico XI de Agosto após as obras: reforma incompleta e gastos injustificados (Foto: Yuri Gonzaga)
Vivência do Centro Acadêmico XI de Agosto após as obras: reforma incompleta e gastos injustificados (foto: Yuri Gonzaga)

A reforma da vivência, conhecida como porão, da Faculdade de Direito (FD), realizada pelo Centro Acadêmico (CA) XI de Agosto, ultrapassou em 14 mil reais o orçamento planejado, devido à urgência da reconstrução do sistema de gás encanado e da parte elétrica. Com início em julho e conclusão parcial em agosto, a reforma tem o intuito de atrair mais estudantes para o espaço e adequar o local à lei.

A verba prevista, de 80 mil reais, foi somada a “gastos extraordinários” e ao pagamento de uma arquiteta. “A tubulação do gás encanado e o quadro de força estavam completamente deteriorados, oferecendo risco enorme”, diz Samantha Natacci, tesoureira do CA. “Era urgente e privilegiamos a segurança. Se dependêssemos de uma licitação na tesouraria da Sanfran, isso levaria meses” , afirma.

O intuito de atrair estudantes diferentes para o porão, pelo menos por enquanto, não foi bem sucedido. “Não houve mudança em quem frequenta o espaço”, diz João Emanuel Fidalgo, estudante do quinto ano. Outros problemas foram citados. “Não houve consulta pública além de uma reunião aberta em que ninguém estava presente, por conta da semana de provas. Deveria-se ter realizado, ao menos, um referendo”, diz Lucas Lencioni Licurci, do primeiro ano. Ele acha, ainda, que a prestação de contas foi pouco detalhada. Os dois alunos, porém, concordam que, apesar de incompleta, a reforma era necessária.

Segundo informe do CA, houve melhor isolamento acústico, reivindicado pelos frades do convento São Francisco de Assis, vizinhos do porão. Contudo, para o Frei Anacleto Luiz Gapski, o que houve foi uma piora da situação. “Com as paredes agora mais descascadas, os frades sofrem ainda mais durante as festas realizadas pelos estudantes”, diz.

O restante da construção – elevador de acesso para cadeirantes – aguarda patrocínio.