Empresa abandona pontos de vigilância

Postos de vigilância na Cidade Universitária e em unidades externas ficaram vazios após a USP rescindir o contrato com a empresa de segurança “Corporação Gutty” porque, segundo a reitoria, “a empresa não cumpriu cláusulas do contrato”.

De acordo com os gestores, funcionários da USP que supervisionam as atividades dos vigilantes, a empresa atrasava salários e não tinha número suficiente de guardas. Há cerca de duas semanas, o Museu do Ipiranga, que pertence à USP, ficou dois dias fechado porque todos vigilantes da Gutty que trabalhavam lá fizeram greve em protesto ao atraso de salários.

Uma nova licitação para cobrir a lacuna deixada pela rescisão foi aberta às pressas e já está encerrada. A vencedora foi a Centurion, que promete começar o trabalho a partir do dia 28 de novembro, embora ainda não com todo o efetivo necessário. Até o dia 10 de dezembro, porém, as atividades de vigilância devem estar normalizadas.

Funcionários

Ex-funcionários da Gutty acusam a reitoria de recomendar à Centurion que não contrate vigilantes da antiga empresa.

Em reunião, no último dia 24, entre gestores, representantes do Codage (Coordenadoria de Administração Geral) e membros da Centurion, o assunto foi abordado e gestores manifestaram o desejo de continuar com parte dos funcionários. Para Eduardo David, gestor no Instituto de Oceanografia, “seria muito bom que os vigilantes continuassem trabalhando. O problema não era com eles”.

Os representantes do Codage disseram que não têm como exigir a contratação dos antigos funcionários, pois a escolha cabe à empresa e que desonhecem qualquer recomendação. Na reunião, Aparício Júnior, da Centurion, afirmou que há interesse em manter funcionários, mas que houve uma recomendação da USP para que eles não fossem admitidos. A reitoria foi procurada, mas não comentou o assunto.