Fale comigo, leitor!

Caro leitor, você tem algo a dizer sobre este jornal? Se tem, eu quero ouvi-lo.

Fui convidada pelo Jornal do Campus para assumir neste semestre a função de ombudsman. O que é isso? A palavra, de origem sueca, significa representante do cidadão e designa uma função pública que canaliza reclamações da população.

Na imprensa, ombudsman é o representante dos leitores – um “advogado”, alguém encarregado de fazer a voz do leitor chegar aos ouvidos da equipe do jornal.

É isso o que pretendo – e para isso preciso de você. Em todas as edições, terei este espaço para escrever sobre o jornal. Gostaria de ocupá-lo com assuntos que você julgou importantes.

Ficou curioso sobre algo? Sentiu-se prejudicado? Ficou insatisfeito com as informações? Suas expectativas foram frustradas? Quer elogiar, sugerir, acrescentar? Estou aqui para encaminhar sua opinião.

Prometo sofrer de amnésia. Como um ombudsman não deve se deixar levar pelos percalços que afetam a produção de notícias (falta de tempo, entrevistados que somem ou dão informação incorreta, espaço restrito etc.), vou me esquecer de que já fui estudante de jornalismo – aqui mesmo na USP. Também farei silenciar meus 22 anos de experiência jornalística – como repórter, redatora e editora.

Da minha biografia profissional, a única linha que vai me acompanhar neste semestre é minha função atual, de editora de Treinamento da Folha. Afinal, o Jornal do Campus é um jornal laboratório. Seus jornalistas estão aqui para aprender. Aprender a ter responsabilidade, a dar o máximo pela informação e a servir a apenas um senhor: sua majestade, o leitor.

Ana Estela de Sousa Pinto, 45, é formada em agronomia e jornalismo pela USP. Trabalha na Folha de S.Paulo, onde é responsável por seleção e treinamento.