Obra piora demora do circular

A Coordenadoria do Campus da Capital do Estado de São Paulo (Cocesp) está reconstruindo o pavimento na Av. Almeida Prado, próximo à Praça Ramos de Azevedo (Praça do Cavalo). A expectativa da Cocesp é de que as obras, começadas no início de março, terminem até 31 de maio. Enquanto isso, passageiros e motoristas do circular reclamam, por que a avenida bloqueada aumenta o tempo de percurso.

“Eles tiveram o tempo das férias para fazer a reforma e só começaram agora, no início das aulas. Depois pedem desculpas pelo transtorno”, reclama Cristiano Lucchesi, motorista de circular. “O tempo de uma volta é de 35 minutos, mas estamos fazendo em 45 minutos”. Por essa razão, Lucchesi já está dando a sua quinta volta sem descer do ônibus.

Segundo Samir Hamzo, engenheiro da Cocesp, as obras não foram feitas nas férias por que chove mais e demorariam mais tempo. “Além disso, a gente depende de prazos e recursos para fazer”.

“A gente espera às vezes mais que meia hora”, relata a estudante de engenharia Giovanna Botelho.

Outra causa para a demora é have menos ônibus em circulação – a meta da coordenadoria é que oito ônibus sirvam as linhas, mas, desde o início das aulas, só seis costumam funcionar no horário de pico da manhã. Alguns ônibus quebram e faltam motoristas – são necessários 27 e só há 22.

Novo pavimento

O novo pavimento será feito com blocos de concreto e deve custar R$ 2,01 mi, 20 a 30% a mais que asfalto. Segundo José Balbo, professor da Escola Politécnica, o pavimento dura entre 20 e 30 anos, se bem construído – o asfalto, até 10 anos. Ele também é mais permeável e funciona como moderador de velocidade – motoristas que passarem pela avenida a mais de 60 km/h sentirão uma trepidação incômoda. O novo pavimento é mais fácil de reformar – caso o concreto afunde, basta refazer a base e reaproveitar os blocos originais. Uma desvantagem é que suja mais facilmente com líquidos automotivos.