Aumento de usuários compromete funcionamento da Ponte ORCA em horário de pico

Utilizada diariamente por frequentadores do campus do Butantã ou por quem precisa de um atalho para chegar até a Estação de Trem Cidade Universitária ou Metrô, a Ponte ORCA tem seu funcionamento comprometido pela manhã e no final da tarde, quando o número de usuários aumenta e a frota de vans é insuficiente para atender a demanda.

O transporte é gratuito e realizado por meio de senhas, que devem ser retiradas em cada estação. Contudo, os usuários que chegam fornecem as já utilizadas para aqueles que estão em uma fila organizada na Marginal Pinheiros. Os estudantes da Escola Politécnica, Michito Morimoto e André Yoshio esperam cerca de 20 minutos até que alguém repasse a senha para seguir em direção a outra fila e  embarcar nas vans.De acordo com os estudantes, “pouca gente dá a senha e sem o circular é pior, porque temos que andar da Poli à Estação, além de enfrentar a fila”.

A estudante de licenciatura em Física Adriana Cavalcante procura evitar os horários de pico, entre 18h e 19h. Para ela a greve e a falta do circular também é um fator agravante, pois além da demora tem que caminhar até o Instituto de Física.

Os usuários reclamam da espera, mas concordam que a Ponte ORCA torna-se a melhor alternativa. Eles se esforçam para não recorrer ao serviço nos horários mais movimentados, entre 7h da manhã e 18h da tarde. “O ideal seria unificar as Estações em uma única linha, mas acho que isso não é possível”, diz André. O aumento do número de vans também não é visto como uma solução, “pois o trânsito da região não ajuda muito”, ressalta Thiago Pierotti, que não é estudante da USP, mas utiliza o transporte diariamente.

Procurada, a Empresa Metropolitana de Transporte Urbano (EMTU) não atendeu à reportagem.

Passageiros enfrentam duas filas para o embarque (foto: Márcia Scapaticio)
Passageiros enfrentam duas filas para o embarque (foto: Márcia Scapaticio)