Greve vai até dia 12; no entanto, início é tímido

Greve/2010Na manhã desta quarta-feira, dia 5, foi realizada a primeira assembleia do Sintusp depois do anúncio da greve. Ela contou com a participação de cerca de 170 funcionários que deliberaram, entre outras coisas, a continuação da paralisação até o dia 12 de maio. A data é importante pois no dia 11 haverá uma reunião entre o Fórum das Seis e o Cruesp e nela irá se tentar um acordo salarial entre as duas entidades.

Uma questão discutida na assembleia foi a do reitor João Grandino Rodas ter conseguido liminar judicial em que se aplica uma multa de mil reais por dia de paralisão e ainda implica no não pagamento dos funcionários grevistas. Segundo Magno de Carvalho, uma das lideranças do Sintusp, essas medidas são “radicais”, mas o movimento não se deixará enfraquecer por conta disso. No entanto, houve certa hesitação por parte de alguns funcionários desde que a nota foi veiculada pela reitoria (leia o documento da reitoria). Algumas unidades que tradicionalmente param suas atividades, como a FAU (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo), votaram por continuar as atividades normalmente.

Para evitar que a greve tome um caráter meramente formal, a assembleia também deliberou por fazer piquete em prédios específicos nos quais já houve adesão ao movimento mas não houve paralisão de fato, como na ECA e na reitoria. Segundo eles, o ponto não poderá ser descontado se os funcionários forem impedidos de entrar nos prédios para trabalhar.

Depois da nota, a reitoria não se manifestou a cerca dos fatos ocorridos hoje. A Adusp (Associação dos Docentes da USP) se diz favorável à questão do Sintusp, mas, por hora, não aderiu à greve. Os estudantes fazem assembleia amanhã, dia 6 às 18h na FAU, para definirem seu posicionamento.