Diretor da FD decide permanecer no cargo para não aprofundar a crise depois da saída de seu vice.
Antonio Magalhães Gomes Filho, diretor da Faculdade de Direito da USP, voltou atrás e retirou o pedido de renúncia que fez nesta quinta-feira (27) atendendo a solicitação da Congregação. Magalhães considerou que sua saída poderia agravar a crise institucional que a unidade vem enfrentando desde saída do ex-diretor João Grandino Rodas para assumir a função de reitor da USP.Magalhães discorda de Rodas e do vice-diretor Paulo Borba Casella em relação à mudança da biblioteca circulante e das departamentais e dos acordos de doações que previam nomear salas com os nomes dos beneméritos. Casella se afastou do cargo na semana passada.
A decisão do diretor de permanecer no cargo foi bem recebida pelos alunos reunidos diante da sala da Congregação. “Magalhães foi uma das pouquíssimas pessoas que não usou o cargo como trampolim”, comentou Marcelo Chilvarquer do Centro Acadêmico XI de Agosto. O diretor foi ovacionado pelos estudantes do Largo São Francisco ao deixar a Congregação.
Cai Pinheiro Neto
A Congregação se posicionou a favor do direito de greve e pela manutenção do pagamento dos funcionários da unidade que aderiram à paralisação promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp). Isso contraria decisão do Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) e divulgado pela Reitoria em 03 de maio que determinava o corte do ponto dos grevistas.
Também foi determinada a queda da portaria assinada por Rodas que homenageava o banqueiro Pedro Conde e o advogado Pinheiro Neto conferindo seus nomes a salas da FD por doações realizadas à unidade. “Foi uma vitória da legalidade”, afirma o estudante Otávio Bessa, representante da chapa Fórum da Esquerda. A placa com o nome de Pinheiro Neto foi imediatamente removida por estudantes. A outra placa, com o nome de Pedro Conde, também foi retirada na noite da quinta-feira (27).
Errata
O nome do presidente do CA XI de Agosto é Marcelo Chilvarquer. A mudança envolve as bibliotecas circulante e departamentais, e não a central. A placa com o nome de Pedro Conde foi retirada ainda na quinta-feira. O texto já foi corrigido.