Funcionários, professores e estudantes da USP reuniram-se nesta quinta-feira (20) em ato convocado pelo Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp) diante da Reitoria. Eles declararam repúdio ao reitor e exigiram retratação pública por suas declarações à Rádio Bandeirantes. Aproximadamente 85 funcionários ligados ao Sintusp já haviam votado, na quarta-feira, pelo fechamento do prédio da Reitoria no próximo dia 25.
De acordo com Magno de Carvalho, diretor do Sintusp, o bloqueio do prédio representa uma resposta contra as declarações de Rodas. Magno critica a recusa da Reitoria em agendar uma nova rodada de negociação da Pauta Unificada. “Ele está desrespeitando totalmente a organização sindical”, afirmou. O Sintusp também rejeitou o comunicado emitido na quarta-feira (19) que propunha o reajuste de benefícios “sem negociação”.
A assessoria de imprensa do reitor afirmou não ter nada a declarar sobre o assunto.
Greve dos estudantes
Assembléia que reuniu cerca de 400 estudantes nesta quinta-feira (20) no prédio da História rejeitou o indicativo de greve estudantil deliberado no dia último dia 13. A decisão representou uma vitória para o Diretório Central dos Estudantes da USP (DCE-USP).
Representantes do DCE defendem a necessidade de elaborar uma pauta específica e de aumentar a adesão dos estudantes antes da convocação de uma greve. Membros da Associação dos Moradores do Conjunto Residencial da USP (Amorcrusp) e de outros setores vinculados ao movimento estudantil, por outro lado, pretendiam promover a paralisação imediatamente.
Durante a assembléia, o DCE foi criticado pela demora em organizar uma pauta de greve. O Diretório afirma que a mobilização dos universitários deve aumentar durante o 10º Congresso dos Estudantes da USP. O Congresso vai acontecer entre 27 e 30 de maio e, de acordo com dirigentes do DCE, somente então deveria ser determinado um comando de greve. Ainda assim, a Amorcrusp conseguiu marcar um novo indicativo de greve para a próxima assembléia geral dos estudantes no dia 27.
