Funcionários decidem manter ocupação da reitoria

Greve/2010Em assembleia realizada dentro da reitoria no início desta tarde, os funcionários decidiram pela continuidade da ocupação do prédio, ocorrida na terça-feira (9), pela manhã.

Cerca de 400 manifestantes, incluindo funcionários e alunos da USP e uma caravana da Unicamp, debateram sobre a organização do local, a conservação interna do prédio e sobre uma escala de revezamentos na ocupação. O debate se estendeu para temas como a terceirização e a criminalização das manifestações e contou com a participação de funcionários da Unicamp, que propuseram como forma de pressão a radicalização das ações para as três universidades.

Uma coletiva de imprensa foi convocada para esta quinta-feira (10) e foram discutidas algumas medidas para aumentar a adesão à greve, incluindo a instalação de um telão em frente à reitoria para assistir à Copa e o destacamento de representantes do sindicato para atuar junto aos grevistas nas faculdades.

Um Fundo de Greve deverá ser criado e gerido por representantes de cada unidade para dar suporte aos funcionários da Coordenadoria do Campus e da Coseas que tiveram o ponto cortado. Segundo Magno, diretor do sindicato, a própria reitoria teria divulgado na última reunião de negociação que o número de funcionários com salários descontados chega a mil.

O Ato PM Nunca Mais, para lembrar a entrada da polícia no campus por ocasião da greve do ano passado que culminou com o confronto de estudantes e funcionários com a Força Tática, foi cancelado por conta de uma confusão na divulgação do horário. No fim da tarde houve um ato-debate no auditório do Instituto de Física com a participação do professor titular da Faculdade de Direito Fabio Konder Comparato.