Ocupação da Coseas apóia São Carlos

Líderes da ocupação da Coseas, no campus da capital, declararam apoio ao movimento de ocupação da coordenadoria do campus de São Carlos. O processo de seleção de auxílio-moradia e vaga no alojamento de São Carlos é qualificado pelos membros da ocupação de São Paulo como o “método mais avançado que já existiu na USP”. A afirmação é justificada pela transparência do processo de seleção de São Carlos, o qual, contando com a participação estudantil, tem seus critérios amplamente divulgados.

“Nosso processo não possui transparência e, após a ocupação, ficou comprovada a existência de relatórios de ocorrência da Coseas que registram o comportamento das pessoas, em termos de atividade política e participação em festas, por exemplo”, afirma Nicole*.

De acordo com Paulo Tauyr, estudante da pós-graduação que participa da ocupação da CCSC, apesar de existir uma tentativa de articular melhor as moradias, ainda é preciso ser construída “uma visão do que seria permanência estudantil”.

Em maio deste ano, foi realizado por estudantes um Fórum de Moradias, cujo tema central foi permanência estudantil. Houve um encontro em São Paulo e outro em São Carlos. “Foi uma tentativa de entender melhor a conjuntura das moradias da USP”, diz Nicole. De acordo com ela, existe atualmente um diálogo entre a ocupação de São Paulo e de São Carlos, através de conversas por telefone e informes gerais.

Paulo afirma que existe uma tentativa de articular melhor as moradias, ainda que insuficiente. “A gente defende a idéia de autonomia; não que deva acontecer da mesma forma em todos os lugares; o Crusp é muito maior que o Alojas, por exemplo”, afirma. Para Nicole, apesar de não oficializada, já existe uma pauta unificada. “Autonomia de espaços físicos, no processo seletivo, mais vagas, bolsas de estudo por critério sócio-econômico são todos pontos comuns entre as duas ocupações”, afirma.

Com relação à defesa da bolsa de estudo por critério sócio-econômico, Nicole diz que não se trata de desmerecer critérios acadêmicos. “É apenas prevista uma igualdade que não existe na sociedade”, diz.

*Nicole é um nome fictício.