O processo seletivo para o curso semipresencial de Licenciatura em Ciências, oferecido pela USP em parceria com a Secretaria de Ensino Superior (SES), no âmbito do programa Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp), já possui data definida: 12 de setembro. Segundo Gil da Costa Marques, coordenador da comissão para implantação e acompanhamento do curso, um dentre os dez grupos de trabalho formados já desenvolve, junto à Coordenadoria de Tecnologia da Informação (CTI), a produção de material didático e de vídeo-aulas.
Gil Marques, que também coordena a CTI, explica que cada turma de 25 alunos será assessorada, a distância e presencialmente, por um tutor e que a assiduidade de cada um será avaliada com base na realização dos exercícios propostos no site e no comparecimento às atividades presenciais. A princípio, segundo ele, os tutores serão pós-graduandos indicados por professores que compõem a comissão de implantação dos cursos.
Ele revela que, com o repasse inicial de R$ 7 milhões, dos R$ 38,4 milhões previstos no convênio com a SES, serão instalados pólos presenciais nos campi de São Paulo, São Carlos, Ribeirão Preto e Piracicaba.
A pró-reitora de graduação, Telma Zorn, afirma que o curso de Licenciatura em Ciências se destina à formação de professores para o ensino fundamental e à complementação da formação daqueles que já atuam na área sem nível superior. As inscrições para o processo seletivo, organizado pela Fuvest, serão abertas no próximo dia 2 de agosto.
Segundo Zorn, cursos semipresenciais possibilitam “pôr em prática um processo efetivo de avaliação”, pois permitem acompanhar os processos de ensino e aprendizado em tempo real, a partir de dados como o tempo despendido por professor e aluno no site e o tempo investido pelo docente na dúvida de um aluno.
Estatuto
Segundo a pró-reitora de graduação, os alunos dos cursos semipresenciais terão acesso a todos os benefícios oferecidos a alunos de cursos inteiramente presenciais, como o custo subsidiado de refeições nos “bandejões” e a utilização de bibliotecas e do Centro de Práticas Esportivas (Cepe). Apesar da afirmação de que esses alunos serão alunos USP regulares, Telma Zorn e Gil Marques divergem sobre o seu acesso a disciplinas optativas: enquanto a pró-reitora garante que os alunos do curso semipresencial poderão usufruir dessas disciplinas, o coordenador afirma que, ao menos a princípio, o projeto não prevê esse acesso.