Biblioteca da Faculdade de Educação espera novo prédio

Em 1969, a Faculdade de Educação da USP (FEUSP) transferiu-se para os prédios do Centro Regional de Pesquisas Educacionais, lugar que ocupa até hoje. O acervo de livros sobre educação foi instalado numa dessas edificações que, no entanto, não havia sido construída para exercer essa função.
 
Segundo Lina Flexa, diretora da biblioteca da FEUSP, por volta do ano 2000 começou-se a pensar na necessidade de um espaço maior, já que o acervo cresce cerca de 20% a 30% ao ano. O atual prédio foi adaptado e não possui a estrutura necessária de uma biblioteca, concentrando os livros somente no térreo. Decidiu-se construir um edifício inteiramente novo, com o objetivo específico de abrigar o acervo de educação. A estrutura desse prédio seria reforçada para suportar livros em todos os andares. Atualmente, a biblioteca conta com 212 mil volumes e encontra-se no limite do espaço reservado a eles. Lina afirma que os volumes estão começando a ocupar a última prateleira das estantes.
 
A pedra fundamental foi lançada em 2005 e a construção efetiva do edifício começou em agosto de 2007. A obra, que deveria estar pronta em março desse ano, mesmo com todos seus aditivos, encontra-se paralisada. Segundo Sérgio Assumpção, diretor da divisão de Planejamento da Coordenadoria do Espaço Físico (Coesf), a construção passou por diversos transtornos. Inicialmente, houve necessidade de reforços em suas fundações. Enquanto os reforços eram feitos, o contrato com a firma executora, Fazer Construções e Engenharia Ltda, precisou ser suspenso. A rescisão ocorreu de forma amigável e a firma faliu logo depois.
 
Um novo levantamento teve que ser feito sobre a situação em que o prédio foi deixado. A partir disso, foi montado um projeto de continuidade da obra, que será licitada novamente. “Há todo um processo jurídico e técnico para montar o novo pacote de elementos para a nova licitação, que está em fase final”, diz Sérgio. Segundo Vânia Machado, assistente administrativa da Faculdade de Educação, a perspectiva era de que o espaço fosse entregue antes, mas que ela não pode julgar questões técnicas e que imprevistos podem ocorrer. “Lógico que para a faculdade ficou um sentimento frustrante de não conseguir que a biblioteca terminasse no prazo”, diz. Sem os imprevistos, parte das mudanças já teriam ocorrido.

Contando com o esforço da Coesf para o andamento das obras, a faculdade já pensa no planejamento das mudanças. Lina reforça que a biblioteca da Educação é prioridade tanto da reitoria como da Coesf, devido a todos os problemas que a construção enfrentou. “A obra está parada, mas o processo não”.

Obra abandonada na Faculdade de Educação (foto: Denise Eloy)
Obra abandonada na Faculdade de Educação (foto: Denise Eloy)