A cesta entregue aos moradores pela Coseas nesta sexta-feira(26), em que se lia a inscrição ‘Tipo E’, incluía apenas itens básicos. Na fila de distribuição, o descontentamento foi geral e muitos moradores alegavam que os itens entregues não eram essenciais “Arroz e feijão tenho de sobra depois da invasão do bandejão, precisamos de carne e verduras”, disse um dos moradores.
Confrontado com essa informação Waldyr Jorge, coordenador da Coseas, afirmou que a cesta tinha caráter meramente emergencial e visava cobrir somente necessidades básicas. Sobre a falta de proteínas apontada para esta dieta, a coordenadoria assumiu ser este um cardápio que “representa apenas 40% de uma dieta saudável”. Para ela, o objetivo da cesta é suprir “apenas em termos calóricos” as necessidades de um aluno-padrão por duas semanas.
Responsabilidade
Sobre a responsabilidade da Coseas em proporcionar alimento aos moradores do Crusp durante as greves, o coodenador apontou o caráter informal do acordo para a instituição: “Desde 2002 há a distribuição, o que posso fazer é continuar a entrega. Vou deixar o pessoal passar à mingua? É uma questão até de humanidade, tenho que por alguma comida no prato desse povo”.
Mesmo a ala contrária à atual gestão da Associação e que buscava diálogo direto com a Coordenadoria chegou a promover um abaixo-assinado criticando a distribuição.
Segundo a Coseas, foram entregues 450 cestas aos moradores, e as verduras serão entregues ainda esta semana e a carne não seria distribuída por falta de meios para a manipulação de quantidades industriais. As cestas só seriam entregues àqueles cujo nome constasse na lista de moradores oficiais e mediante a assinatura de um recibo no valor de R$22,50.
