Alunos da FFLCH reagem a corte de 84% na cota de impressões

Problema é agravado por falha do novo sistema de controle

Desde o retorno das férias, os alunos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) que imprimem arquivos nas salas pró-aluno enfrentam uma diminuição em suas cotas: de 30 páginas por dia (600 por mês), os estudantes agora têm direito a 100 impressões mensais. Em resposta à medida, o Centro Acadêmico de Estudos Literários e Linguísticos (CAELL) Oswald de Andrade, da Letras, iniciou um abaixo-assinado reivindicando o fim da redução.

A mudança foi tomada sem consulta aos discentes e até mesmo os monitores das pró-aluno souberam da medida apenas quando voltaram do recesso. “Quais foram os critérios para adotar a nova cota? Ninguém sabe”, afirma Arielli Tavares, estudante do 3° ano de Letras.

Foi instalado também, pelo Centro de Computação Eletrônica (CCE), um programa de monitoramento de impressões nos computadores. O sistema, no entanto, apresenta falhas. “Há problemas diários. O aluno manda a folha, gasta a cota, mas a folha não sai”, informa uma monitora da pró-aluno que preferiu não se identificar.

Outra consequência surgida com as novas medidas foi o fim do acesso à impressora por alunos de pós-graduação na Letras. “Como não possuem impressora própria, os pós-graduandos utilizavam computadores de acesso rápido [apenas 15 minutos por pessoa] na pró-aluno de graduação para realizar impressões”, prossegue a monitora. Agora que o sistema veicula a cota por número USP até para as máquinas de acesso rápido, tal possibilidade deixou de existir.

As salas pró-aluno da FFLCH sofrem também com discrepâncias na divisão de equipamento. Enquanto a média na Letras é de 160 estudantes por computador, no curso de Ciências Sociais é de 33 alunos por máquina.

O Jornal do Campus tentou contatar o encarregado pelas pró-aluno da FFLCH, o senhor Antonio Freitas de Andrade Neto, mas ele não respondeu a visitas, e-mail e telefonemas da redação.