Grupos novos e pequenos buscam evolução

Os sons de batuque são ouvidos ao dar uma volta pela Cidade Universitária, normalmente depois das 18 horas, não são apenas das baterias maiores e mais tradicionais. Várias faculdades começaram a estruturar suas baterias há pouco tempo, mas isso não quer dizer que haja menos envolvimento ou disposição para ensaiar.

A Farmatuque, da Faculdade de Farmácia, começou a ser estruturada, oficialmente, depois de 2003, quando alguns veteranos juntaram dinheiro para comprar os primeiros instrumentos. Atualmente, conta com 20 membros, quase todos do primeiro ano, “porque a partir do segundo ano, os alunos pensam em estágio e iniciação científica, deixando os ensaios de lado”, afirmou Eduardo Chang, mestre da Farmatuque. Desvinculada da Atlética, o dinheiro para a manutenção dos instrumentos vêm de mensalidade que os integrantes pagam, a fim de manter uma boa estrutura para tocarem nas competições universitárias que participam, como o InterUSP e a Copa Farma.

Um pouco mais recente, a IMEteria, do Instituto de Matemática e Estatística (IME), começou em 2006, quando o aluno Marcio Chiara foi convidado pelo presidente da Atlética da época, Rodolfo Pereira, por ser integrante da escola de samba X-9 Paulistana. Hoje em dia, 15 pessoas participam dos ensaios, que visam o aperfeiçoamento para tocarem em outrosjogos universitários.

Bateduca, da FE, ainda está se estruturando (foto: Thales Luvisotto)
Bateduca, da FE, ainda está se estruturando (foto: Thales Luvisotto)

Em 2009, quatro alunos da Faculdade de Educação (FE) conversaram com os mestres da Poli e da ECA para ajudá-los a estruturar sua própria bateria, que hoje tem cerca de 10 membros. Ainda em fase de estruturação, Igor Oliva, um dos idealizadores da Bateduca, falou sobre os planos pra bateria: “Não temos interesse em fazer torcida, queremos só nos divertir fazendo um som”. Completamente desvinculada da Atlética, já que esta não tem força dentro da FE, o dinheiro para compra dos instrumentos vêm de um acordo com o Centro Acadêmico, a partir da venda de cerveja nas festas. Está em andamento uma votação, entre todos os alunos da FE, para a escolha do logo da bateria. Foi por meio de votação, também, que decidiram quais eram os melhores dias e horários para ensaiar, numa tentativa de que muitos pudessem comparecer. Em relação às apresentações, Igor completa: “Ainda não tocamos em eventos. São vários passos, estamos no primeiro: fixar a galera.”

Também em 2009, alunos da Faculdade de Fonoaudiologia, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Fofito) tentaram montar uma bateria, mas não tiveram sucesso. “Usando os instrumentos e a ajuda técnica do pessoal da Poli, os ensaios duraram só o primeiro semestre. No segundo, o pessoal desencanou de ensaiar”, afirmou Lucas Tonicelli, aluno de fisioterapia que estava à frente da formação da bateria da Fofito.