Sabatina de Plínio na USP lota maior sala das Ciências Sociais

O presidenciável Plínio de Arruda Sampaio foi o primeiro de uma série de sabatinas que o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da USP pretende promover na Universidade com os candidatos ao maior cargo do país. O evento ocorreu a partir das 18h de ontem, no Departamento de Ciências Sociais e reuniu um expressivo contingente de pessoas.

Plínio em sabatina na USP (foto: Andressa Pellanda)
Plínio em sabatina na USP (foto: Andressa Pellanda)

Todos os lugares foram rapidamente ocupados, faltando espaço para um grande número de participantes, que tiveram que sentar no chão, no corredor, acompanhar de pé no fundo da sala, do lado de fora pela janela e ainda assim, muitos não conseguiram se alocar. Segundo o DCE, prevendo uma ampla participação no evento, os organizadores buscaram reservar o maior espaço disponível, mas o pedido para uso do auditório não foi aceito.

Plínio comentou temas polêmicos como aborto, religião, uso de células tronco, política externa e os recentes escândalos da Receita. As perguntas foram formuladas na hora pelos presentes e, previamente, por instituições da Universidade, como o DCE e a Associação dos Docentes da USP (Adusp).

A Educação foi o assunto mais abordado na sabatina. “Educação de igualdade e liberdade são valores que têm que ser seguidos” é a frase de abertura de sua fala. O candidato defendeu educação pública de qualidade para todos, investimento de 10% do PIB nacional para a área, e criticou a mercantilização do ensino: “A educação não pode ser mercadoria, a educação interessa ao povo brasileiro e interessa a cada um, de modo que toda escola será uma escola pública”. Quando questionado a respeito de sua opinião quanto ao sistema de cotas para negros, que segundo o candidato, foram vítimas de séculos de exploração, Plínio foi direto. “Sou favorável à cota. Tem muito pouco negro aqui”, afirmou.

O presidenciável ainda enfatizou a importância do jovem para o futuro do país e incentivou a juventude universitária à mobilização e luta por seus direitos e interesses.

Participantes procuram lugar para a sabatina (foto: Andressa Pellanda)
Participantes procuram lugar para a sabatina (foto: Andressa Pellanda)