Inconclusos – esta é a posição de dois projetos que visavam melhorar o trânsito para os ciclistas da USP.
No primeiro semestre, o Jornal do Campus divulgou a proposta de incluir uma ciclofaixa na av. Mello de Moraes, a Rua da Raia – projeto que estava próximo de ser finalizado -, e a intenção de cadastrar ciclistas nos portões de entrada. Porém os dois projetos ainda não foram realizado e não têm data para iniciarem.
A Coordenadoria do Campus (Cocesp), responsável por esses projetos e procurada pelo JC, não se pronunciou sobre o assunto.
Além disso, há duas edições atrás, o JC publicou matéria sobre o Pedalusp, projeto de compartilhamento de bicicletas. Segundo os seus idealizadores, os alunos de engenharia mecatrônica da Poli, Maurício Matsumoto e Maurício Villar, o projeto foi apresentado à Cocesp em meados de abril de 2009. A Coordenadoria oficializou o apoio também em abril de 2009. Em setembro de 2010, no entanto, os alunos ainda procuram patrocínio e parcerias. “O inicio da operação ainda depende do fechamento dessas parceiras e por isso ainda não tem previsão definida”, explica Villar. O empréstimo de bicicletas seria voltado para o transporte dos usuários dentro do campus, e não para esporte ou lazer.
O cadastramento de ciclistas, segundo Cristina Guarnieri, diretora de Relações Institucionais da Cocesp, serviria para identificação em caso de acidentes. “Com o cadastro ou crachá, passaremos a ter [informação sobre quem frequenta o campus], garantindo ao usuário mais tranqüilidade”, disse ela ao Jornal do Campus em março. O projeto ainda não foi implementado.
Enquanto as propostas para melhorar a locomoção dos ciclistas no campus não são realizadas, os atletas e a comunidade USP continuam passando por apertos em suas bicicletas. “Outro dia, tomei uma fechada perto do Portão 2. Os motoristas não respeitam o treino dos ciclistas”, diz Heitor Marques, que treina na USP. “Mas também não respeitam em lugar algum”, completa ele. Para Fernando Cesário, que também treina ciclismo nas ruas do campus, “o trânsito aqui é muito ruim. A USP não é o lugar ideal para treinar, mas a gente vem pra cá porque não tem outra opção”.
Como espaço público e um dos poucos pontos verdes da região, a USP é o lugar mais usado para treinos, mesmo que não seja apropriado para a atividade.
