Caso Butantan motiva reformas

Com reformas e adaptações, parte dos museus da USP está readequando seus sistemas anti-incêndio para otimizar a proteção de seus acervos. Esse processo foi motivado pelo incêndio ocorrido em maio no Instituto Butantan.

O Museu de Arte Contemporânea (MAC) já conta com um sistema pioneiro para a proteção de suas 8 mil obras. Agora, está formando suas duas primeiras turmas de Brigada de Incêndio. Renata Casatti, conservadora do museu, conta que há 60 pessoas dispostas a serem brigadistas. “Daqui a três ou quatro meses, a gente vai estar muito mais estruturado”, diz.

MAC contará com brigadas de incêndio (foto: Beatriz Amêndola)
MAC contará com brigadas de incêndio (foto: Beatriz Amêndola)

O Museu de Zoologia da USP (MZUSP) está complementando o cuidado com o seu acervo. Enquanto o Instituto Butantan possuía cerca de 85 mil, o MZUSP expõe cerca de 10 milhões de exemplares de animais. Atualmente, o museu tem Brigada de Incêndio, extintores em todos os andares e detectores de fumaça. Porém, segundo José Lucarini, diretor técnico e administrativo do museu, a prevenção de incêndios precisa ser complementada.

O Instituto de Oceanografia também busca melhorar as condições de prevenção de incêndio. Segundo André Blumer Bezerra, coordenador da Brigada de Incêndio, o Museu Oceanográfico está com um ofício em andamento, a ser aprovado pela diretoria; nele, constam medidas como a sinalização das saídas de emergência e a manutenção do hidrante.

O Museu de Anatomia passa por reformas em sua fiação elétrica. De acordo com Renato Chopard, coordenador do museu, a instalação elétrica do edifício é muito antiga e os lugares em que se suspeitava de riscos não eram mais utilizados. Com um acervo de cerca de 960 exemplares expostos e 200 guardados, o Museu conta com o aval de vistoria do Corpo de Bombeiros, mas não possui saídas de emergência, uma vez que ocupa salas adaptadas do prédio três do ICB.