Durante o primeiro semestre de 2009, houve, pelo menos, uma denúncia por mês de pontos de alimentação da Cidade Universitária junto aos órgãos de Vigilância Sanitária da PMSP/Butantã. Com o intuito de melhorar esses índices a Coordenadoria do Campus da Capital (Cocesp) criou em 2009 o Programa Saúde Alimentar no Campus.
O projeto, que tem cronograma até 2012, termina nesta semana sua primeira etapa: o cadastramento de todos os locais de alimentação na Cidade Universitária. “Nosso objetivo é melhorar a qualidade do serviço através de treinamento, de orientação, de um processo educativo”, coloca Ricardo Prist, consultor do programa.
Após o cadastramento, haverá treinamento e fiscalização. De acordo com Simone Balian, professora da Veterinária, a abordagem será sempre feita de forma educativa: “a gente não quer que eles nos vejam com cara de fiscais”.
Por fim, pretende-se construir quiosques para instalar os ambulantes, cuja estrutura será definida a partir de um concurso entre alunos da Universidade.
O edital se encontra em fase de formatação e deve ser publicado ainda no segundo semestre.
Ambulantes
A Cocesp criou uma normatização especial para esse tipo de comércio, já que a prefeitura municipal só estabelece padrões para vendedores de cachorros-quentes. Por enquanto, seu foco principal são os ambulantes que se encontram em áreas externas às unidades que são de responsabilidade da coordenadoria. Esses comerciantes já tiveram acesso às normas e já as colocaram em prática. Receberam um alvará da Cocesp, que fica afixado.
A intenção é atingir todos os pontos de comércio. Para tal, acordos estão sendo fechados com as unidades. Vendedores fixos em institutos assessorados como o de Psicologia (IP) e o Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) já participaram de treinamentos.
Porém, o processo é lento. Sidinéia Muniz, que vende pastéis, já foi registada e espera contato do projeto: “eles fizeram o cadastro e falaram que demoraria mesmo”.
Restaurantes
Esses estabelecimentos seguem a normatização da Vigilância Sanitária e respondem às unidades em que se localizam. Noé Barbosa de Souza, assistente administrativo da FEA, diz que tanto a própria faculdade como a Coseas têm direito de fiscalizar o restaurante Sweden, mas em uma abordagem mais informal, já que não possuem conhecimento técnico.
A coordenadora do programa, Cristina Guarnieri, considera que “para uma avaliação mais criteriosa é necessário não só mais tempo de existência e operação do programa, como também de formatação de pesquisas que nos levem à construção de índices e indicadores de monitoramento do programa”.
Lícia Dantas, que vende Yakisssoba na USP há sete anos, afirma já ter notado melhora. “Agora está mais organizado. Se precisamos de algo, ligamos e eles [membros do programa] nos atendem”, relata ela.
Cuidados que o consumidor pode ter:
- Verificar as datas de validade de todos os produtos (inclusive os não embalados)
- Observar se os funcionários estão utilizando toucas, aventais e apetrechos limpos
- Verificar se todos os alimentos são armazenados devidamente embalados e separados
- Conferir se não há alimentos expostos sem proteção
- Averiguar se o lixo utilizado tem pedal
- Pedir sempre condimentos em saches e evitar o uso de bisnagas