Carência de técnicos para times prejudica rendimento

A falta de técnicos para os times é um drama enfrentado pelas atléticas da USP. Alguns times já foram impedidos de se inscrever em torneios por falta de técnicos, porque a maioria dos eventos universitários tem como regra presença de profissionais registrados.

Por falta de recursos financeiros, as atléticas nem sempre se adequam a essas regras. “Contratar técnicos é uma tarefa difícil. Tem a questão do salário, dos benefícios sociais e encargos trabalhistas. Não temos verba para arcar com estas des pesas”, explica Ana Maria, atleta de vôlei e diretora de modalidade (DM) da Atlética da EACH.

Para Thais Lopes, DM do vôlei do IME, a dificuldade de contratar técnicos fixos prejudica o rendimento dos times. “Cada técnico tem o seu estilo de trabalho. Toda vez que sai ou chega um novo, recomeça tudo”, diz. Em modalidades de esportes individuais, a carência é ainda maior.

Auxiliar sem custo

Para minimizar a carência, a EEFE, por meio do Departamento de Esporte, mantém no seu currículo disciplinas que obrigam o aluno a fazer estágio como assistente ou auxiliar técnico em alguma equipe por um período de seis meses, sem qualquer custo.

Elizabeth de Matos, docente responsável por essas disciplinas, assegurou que este programa psicológica está aberto para todas as atléticas. “Para ter acesso, exigimos que as atléticas estejam cadastradas no site da nossa escola como pessoas jurídicas e tenham um técnico profissional contratado, apto a supervisionar o nosso estagiário”, diz.

Exigência de profissional

Um membro da Federação Universitária Paulista de Esporte (Fupe) justificou a exigência de profissionais como forma de incentivar o alto rendimento no esporte.

Para a Federação do Desporto Escolar do Estado de São Paulo (Fedesp), que organiza os tradicionais Jogos Universitários Paulistas (JUP), a exigência de técnicos profissionais em times universitários atende as orientações do conselho nacional de esportes.