CEPE não oferece campo adequado ao rugby

Mesmo com seis campos gramados, os times de rugby da USP precisam treinar no “meião”, espaço inadequado para o esporte
Atletas do time de rugby da FFLCH treinam no “meião”, inadequado para a prática do esporte (fotos: Patrícia Chemin)
Atletas do time de rugby da FFLCH treinam no “meião”, inadequado para a prática do esporte (fotos: Patrícia Chemin)

Os times de rugby da Cidade Universitária não têm local adequado para treinar. Apesar de o Cepeusp ter seis campos gramados, os atletas dessa modalidade treinam no “meião”, que possui uma pista de atletismo em sua volta, e, hoje, é aberto para uso. Segundo atletas e treinadores de rugby, esse campo, usado por diversas equipes e modalidades, não possui drenagem, marcações e traves do esporte e iluminação adequada.

Segundo Timothy Baines, treinador do time da FFLCH, o desempenho dos atletas aumentaria se houvesse um campo com boas condições para uso. “Ao invés de incentivarem o esporte, eles [o CEPE] desmotivam”, completa. Havia cerca de 40 alunos que jogavam rugby pela FFLCH em 2009, quando os treinos aconteciam no campo próximo às piscinas. Hoje há 23. Timothy e Thiago Oliveira, capitão do time, concordam que a situação atual colaborou para essa queda.

“Se houvesse um campo exclusivo, seria melhor e facilitaria para marcar competições”, diz Gabriel Cenamo, treinador do time da FEA. No “meião” chegam a treinar ao mesmo tempo cerca de quatro equipes, segundo Gabriel. Para Timothy, os outros campos são pouco utilizados. O DM (Diretor de Modalidade) de rugby da ECA, Lucas Severo, aponta as más condições do campo: “tem pedra, muitos buracos, quase nem grama tem. Muitas pessoas se machucam pelas condições do campo”. Segundo Thiago, na época da seca, o local tem muita poeira, e na chuva, alaga. Ele também afirma que o campo está estragado por falta de manutenção.

“O rugby deve ser uma das modalidades com mais praticantes na USP, mas não se oferece apoio”, afirma Gabriel. Sobre a falta de um lugar apropriado para o treino desses times, “sabemos desse tipo de reclamação”, diz Carolina Magalhães, assistente de direção do CEPE. “A gente não consegue proibir o rugby de jogar lá [no “meião”] e nem pode, pois não há um local apropriado”, diz. A idéia é abrigar o rugby no campo 5, de futebol, para treinos táticos, e a área próxima a esse campo para jogadas de tração, que teoricamente estragariam o gramado, afirma Carolina.

Segundo ela, a preocupação é quanto aos treinos, devido ao desgaste da grama. O CEPE já sedia jogos de rugby nos campos 3 e 5, que não têm marcação para esse esporte. Para esse uso, de acordo com o regulamento do Centro para todas as modalidades, é cobrado um ofício das atléticas e uma taxa de 60 reais para manutenção.

O CEPE está em fase de negociação com os times e a LAAUSP para resolver a situação da falta de um campo apropriado. A intenção é marcar uma segunda reunião ainda nesse ano, segundo Carolina. “Queremos colocar o rugby num lugar adequado no CEPE e o quanto antes”, completa.