Técnico da EEFE também agencia atletas profissionais

Leo, formado na EEFE, agencia atletas (foto: Arquivo Pessoal)
Leo, formado na EEFE, agencia atletas (foto: Arquivo Pessoal)
Se vários estudantes da USP nem sabem que o curso Esporte existe, muitos nem imaginam como o profissional graduado atua no mercado. Leo Linde Feijó é ex-aluno da EEFE e trabalha hoje como agente de atletas, além de ser técnico da equipe de futebol de campo da EEFE.

Há quase dois anos, Leo e dois sócios decidiram abrir a empresa Habilis Sports para gerenciar a carreira de jogadores de futebol. Viram no negócio a maneira de entrar para o mercado do esporte que aprenderam na graduação.

Segundo Leo, o trabalho de um agente esportivo consiste em gerenciar a carreira do atleta, seguindo seus passos até efetivar um contrato de agenciamento. “Isso quando julgamos que ele tem potencial”, explica. O trabalho pode ser comparado ao de um Head Hunter numa empresa comum. “Efetivamente eu sou o agente que faz esses contatos. Temos 4 observadores técnicos que indicam bons jogadores, um na região de Mogi das Cruzes, um em Minas Gerais, um no Nordeste e um na região de Araraquara”.

Geralmente o foco do trabalho é buscar jogadores de clubes pequenos e colocá-los nos grandes.Leo diz que a parte mais complicada do trabalho é a relação com os clubes de futebol, fazer contato com gerentes, treinadores e dirigentes para oferecer seus atletas, mas tem jogadores que agencia em clubes como Internacional, Vasco da Gama e Palmeiras.

“A partir disso ganhamos em cima do percentual do contrato dos atletas que negociamos e de parte dos direitos federativos em futuras vendas para clubes maiores”, explica. Hoje, são mais de 300 agentes regulamentados pela FIFA só no Brasil, mas a maioria trabalha principalmente com os clubes das séries A e B.

Apesar do sucesso com a empresa, Leo conta que preferiria trabalhar treinando times universitários. “Se fosse bem remunerado certamente seguiria carreira. Especialmente pela equipe que defendi por 5 anos”. A solução encontrada por ele foi juntar as duas coisas. “A parte mais interessante é o intercambio que consigo fazer trazendo periodicamente atletas profissionais para treinar com os alunos da EEFE, tendo uma vivência com atletas de alto rendimento que proporciona bons resultados”.