Criminoso se passa por aluno

Imagem do circuito interno de Dário saindo com os objetos furtados (foto: Reprodução)
Imagem do circuito interno de Dário saindo com os objetos furtados (foto: Reprodução)

Assaltos em repúblicas estudantis e nos arredores da USP não são novidade. No entanto, um caso chama a atenção, pois o criminoso se passava por estudante da universidade. No final de 2010, três alunos da USP foram furtados dentro de suas repúblicas estudantis pelo uruguaio Dário Eugênio Rodriguez Rodriguez, que se dizia mestrando do curso de Letras.

Pedro Angeli e Maxmiller Dal Bianco, doutorandos do Instituto de Química, tiveram um videogame e equipamentos de som levados. “Ele fugiu logo depois o furto, mas conseguimos atraí-lo novamente e combinamos com policiais para prendê-lo. Ele chegou a ser encaminhado à polícia federal, que o liberou sob a condição de que saísse do Brasil. Depois disso, nunca mais o vi”, diz Pedro.

Leandro Malta Ferreira teve livros raros e uma mala roubada, menos de um mês após o furto na casa de Pedro. O estudante de pós-graduação da Poli dividia o apartamento com Dário e mais um rapaz. “Comecei a querer expulsá-lo, pois ele não pagou o primeiro rateio do aluguel e das contas”, diz Leandro.

Há poucos dias, Dário ainda mantinha sua página no Orkut. Através dela, ele dizia estar em Santa Catarina. Leandro, buscando por seu nome na Internet, soube de outro caso de furto envolvendo Dário, em Florianópolis. “Infelizmente, a polícia não deu atenção para o caso, estamos fazendo o possível para alertar as pessoas sobre esse criminoso”, diz Leandro.

Cuidado nos arredores

Nas entradas de pedestres, a insegurança também é grande. Victor Antunes Ranieri, estudante de Física, já foi assaltado próximo ao portão 3, na Av. Corifeu de Azevedo Marques. “Estava voltando da aula, por volta das 22h, quando dois homens armados me renderam e levaram livros, óculos, documentos, dinheiro e até tickets bandejão. Conheço outras pessoas que também já foram assaltadas e tenho muito medo disso acontecer novamente”.

Graziele Silotto teve mais sorte, mas o susto foi grande. A estudante de Ciências Sociais voltava para casa quando, na região do P3, um garoto numa bicicleta puxou sua bolsa. “Ele passou rápido e puxou minha bolsa, mas como ele precisou desviar de uma árvore eu consegui puxá-la de volta e ele foi embora”, diz.