Farmácia Universitária busca reativação

Uma nova concepção do profissional de Farmácia e uma maneira mais humana de olhar o consumidor estão em jogo com a aprovação da reabertura da Farmácia Universitária. Depois de anos fechada, o departamento de Farmácia da Faculdade de Ciências Farmacêuticas reúne esforços para abrir de novo as portas.

“Já realizei duas entrevistas com o reitor”, conta a vice-chefe do departamento, a professora Elfriede Bacchi. Em parceria com a Furp (Fundação para o Remédio Popular), o departamento também busca inaugurar uma unidade da Farmácia Dose Certa no Campus, que oferece remédios gratuitos da Secretaria de Saúde à população. O contrato já está sob aprovação do Secretário adjunto de Saúde. “Com a Farmácia Dose Certa, fica mais fácil a Farmácia Universitária ser reconhecida”, diz a professora.

Antes de seu primeiro fechamento, em 2006, a Farmácia Universitária ficava ao lado do Centro de Vivência dos estudantes, em frente ao Restaurante Central. A Reitoria fechou o espaço para reformas. Mas segundo Thiago Meneghell, ex-diretor do Diretório Central dos Estudantes (DCE), os estudantes não tiveram nenhuma garantia de que o centro seria devolvido a eles, o que gerou o movimento de ocupação.

A Farmácia foi reaberta antes do fim da reforma. Mas o espaço físico reduzido e a falta de condições de higiene impediram o seu funcionamento. Então, ela foi fechada.

A reforma acabou em 2009. Thiago conta que os estudantes ainda não tinham nenhuma garantia de que o prédio, dividido com a Farmárcia, seria disponibilizado para eles. Em Assembléia Geral, os alunos decidiram ocupar o espaço sem autorização da Reitoria. “O espaço foi muito importante para nós. Encontros importantes foram realizados no local”, coloca Thiago. A partir daí, a Farmácia não abriu mais.

Para reativá-la, o departamento de Farmácia deve fazer algumas exigências. O espaço necessita ser finalizado, a porta precisa ser aberta para o outro lado, a fim de desvincular fisicamente os espaços da Farmácia e do DCE. Além disso, a rede de Internet e luz deverá ser desconectada da sede estudantil, pois durante ocupação desconectaram o sistema de luz do local, ameaçando remédios que necessitam de refrigeração.

O objetivo da Farmácia não é o lucro, mas a possibilidade do aluno de Farmácia praticar a manipulação e o atendimento. Além disso, ela oferece um serviço de extensão ao público que frequenta o serviço de saúde público da região.

“A reabertura da farmácia vai depender de quanto o reitor estiver interessado. Se ele puder ir à Farmácia e entender a importância, vai ser bom. Não é preciso muito dinheiro”, expõe Elfriede.