Primeira página bem mais arejada do que nas edições anteriores, com mais destaque para as pequenas chamadas de Cultura e Esportes etc. As falhas gráficas de varejo acontecem até nos melhores jornais ingleses. No Jornal do Campus não poderia ser diferente, vide o nome do fotógrafo “Crédito Aqui” na foto do Edifício Louis Pasteur e outros errinhos ao longo da publicação. Acontece. Nada demais.
Cadê os alunos?
Na reportagem “Novo Inclusp exige melhor resultado na Fuvest” (pág.3) faltou os atingidos – para o bem ou para o mal – pelo programa: os alunos. Fala Reitoria e fala professor e a estudantada fica na base do cinema mudo. Tipo do assunto que vale uma nova abordagem.
Cadê a violência na USP?
Fiquei curioso para ler no JC sobre casos de violência no campus da USP publicados nos jornais de São Paulo. A edição foi fechada antes? O assunto merece uma investigação aprofundadae bom espaço nos próximos números.
Para ficar de olho
Ainda não é uma investigação oficial concluída, mas não deixa de ser curiosa e de muitíssimo interesse público a reportagem sobre o gasto da USP com imóveis na região da avenida Paulista. É um caso para não ser esquecido pela equipe do JC.
Decifra-me ou te devorarei
Uma dos fundamentos da reportagem é tentar eliminar “os mistérios” de qualquer assunto. Nesse aspecto a matéria sobre a “Moradia Retomada”(pág. 4) deixa a desejar. Decifra-me ou te devorarei, diz o mistério, como a esfinge, a todos nós jornalistas. É o desafio.
Tudo se copia
Interessantíssimo para a comunidade acadêmica o texto sobre Lei de Direitos Autorais (pág.5). A autora revê o cuidado de situar a questão no plano nacional até descer o foco para a universidade. Uma informação grave que consta na matéria pode ser explorada em futura pauta: mais de 30% da bibliografia da USP está esgotada.
Dialética do esclarecimento
Boa e necessária reportagem sobre o email-spam das mentiras de cura do câncer (pág.5). Ótimo alerta.
Efeito Japão
Boa pauta também a que resultou no texto sobre os perigos de acidentes nucleares no Brasil. O JC tem que aproveitar o privilégio das informações de especialistas para investigar assuntos globais como este.
Profissional e amador
A mesma USP que realiza tratamento de ponta em atletas como Kaká, por exemplo, é a que deixa à mingua funcionário infartado em partida de futebol no campus. Os dois assuntos estão na mesma página e poderiam remeter um ao outro ou até mesmo amarrados em um mesmo título, referindo-se à excelência e ao descaso na área esportiva.
Poesia marginal
Página cultural bem variada e rica, com destaque para a marginalidade do grafitti em pleno meio universitário.
Até a próxima.