Pela primeira vez, cinco equipes conquistam o título de melhor time da universidade ao vencer tanto a Copa USP como os Jogos da Liga de 2010. Tradicionalmente elas jogariam a Copa dos Campeões contra a Seleção USP de suas modalidades. Mas devido a uma brecha no regulamento do campeonato, que permite que as equipes nesta situação escolham o seu adversário, três delas cogitaram enfrentar outras equipes.
O basquete masculino da Escola Politécnica (Poli) decidiu jogar contra um time formado por seus próprios veteranos ao invés da Seleção USP. Além dele, o futsal masculino e o handebol feminino da Escola de Educação Física e Esportes (EEFE) também se mostraram receosos para jogar contra a Seleção, uma vez que maioria dos jogadores são de suas próprias equipes.
A Copa dos Campeões é disputada entre o vencedor da Copa USP e o dos Jogos da Liga do ano anterior. No entanto, quando uma mesma equipe ganha os dois campeonatos, o regulamento da competição diz que a Liga das Atléticas Acadêmicas da USP (LAAUSP), organizadora da competição, deve apenas indicar o adversário. Cabe à equipe campeã aceitar ou não.
Segundo Vinícius Cappucci, técnico do basquete da Poli, a própria LAAUSP mostrou a possibilidade de não enfrentar a Seleção, no final do ano passado. Isso porque quatro jogadores do time da Poli são da Seleção, além do próprio Capputti, que treina as duas equipes. O motivo da escolha de um time formado pelos próprios veteranos da Poli, de acordo com o técnico, foi não enfrentar um time de fora da USP em um campeonato interno. “Se não jogar com a Seleção, convidar um time de fora não faz sentido”, completa.
Times externos
Já o futsal masculino da EEFE chegou a convidar a equipe sub-20 do Corinthians para a partida, porém os meninos do Parque São Jorge não puderam jogar na data marcada. Neste final de semana, o time enfrentou a Seleção USP e venceu por 5×3. O handebol feminino da EEFE também cogitou jogar contra um time de fora da USP, a Anhembi-Morumbi.
De acordo com Adriana Vedovello, vice-presidente esportivo da LAAUSP, essa é uma brecha que sempre existiu no regulamento, mas apenas agora os times cogitaram recusar a indicação da Liga. Vedovello também afirmou que qualquer mudança no regulamento só pode ser realizada pelas atléticas, em reunião do Conselho dos Presidentes da entidade. “São as atléticas que definem as mudanças no regulamento, e cabe àquelas que foram contra essa brecha propor alguma mudança”, afirmou Vedovello.