À noite técnicos na USP, de dia…

“O esporte, sobretudo o universitário, não dá retorno financeiro. Mas é minha paixão”, confessa Alexandre Pachoa, técnico do time de basquete feminino da São Francisco há quase 20 anos. Em sua sala, na produtora SuperNova, fotos de seus times e tabela de basquete na parede. Desde o início de sua carreira em comunicação, ele concilia sua profissão com a direção do basquete.

Paschoa se formou em 1988 em Direito na USP e em comunicação na ESPM, mas nunca gostou da área jurídica. Há 16 anos, fundou com amigo a produtora SuperNova, o que o sustenta financeiramente. O basquete, no entanto, começou há mais tempo.

Sempre praticou o esporte. Em 1995, substituiu o antigo técnico da São Fran. Em 96, foi chamado para dar treinos na Unip. Deu treinos lá por 13 anos. “Os treinos na USP são diferentes, pois você tem que contar com a disposição das próprias atletas”, diz.

Paschoa já deu treinos para a seleção masculina e feminina da USP. Três noites de sua semana são ocupadas com os treinos. “Gosto muito do contato com os atletas e da renovação constante”.

“As duas atividades conversam muito. Na produtora, sou diretor. Dirigir um filme e um time tem coisas muito parecidas”, conta. “Gosto do que faço na produtora, mas o basquete é para a alma”.

Na São Francisco, outra história muito parecida. Marcos, o Marcão, técnico do handebol feminino da São Fancisco, fez Comunicação na FAAP, mas desde 95 dá treinos no Direito. Sua produtora Habili faz vídeos comerciais e institucionais.

Na época do vestibular, uma grave contusão no joelho o impediu de prestar Educação Física. Algum tempo depois, retomou o esporte, mas como hobby. Quando começou a trabalhar na TV, teve que interromper treinos.

No entanto, ao abrir sua própria produtora, conseguiu conciliar as duas atividades.