Estudante da FEA é morto com tiro na nuca em estacionamento da unidade

Felipe Ramos Paiva tinha 24 anos e era aluno do curso de atuária
Policia foi acionada pela Guarda Universitária e interditou o local (foto: Rafaela Carvalho)
Policia foi acionada pela Guarda Universitária e interditou o local (foto: Rafaela Carvalho)

Estudante da Faculdade de Economia e Administração (FEA) foi assassinado em estacionamento após deixar a aula ontem, 18 de maio. Felipe Ramos Paiva, de 24 anos, era aluno do 5º ano de ciências atuariais e levou um tiro na nuca enquanto entrava em seu carro por volta das 21h30. Segundo testemunha, estudante foi perseguido enquanto caminhava em direção ao seu Passat supostamente blindado. Houve reação, seguida de um único tiro. Seu corpo foi encontrado fora do veículo, com um dos pés dentro.

Segundo delegado da 91ª DP, Valter Dualibi, encarregado pelo caso, o crime se trata de homicídio simples, pois não ocorreu roubo. A Guarda Universitária (GU) recebeu a ocorrência e acionou a Polícia. Ronaldo Pena, diretor da Guarda, esteve no local em todo o período que sucedeu o crime e não se manifestou sobre o assunto. Ele disse ter informado o reitor Grandino Rodas sobre o ocorrido. “É procedimento da Universidade as informações serem passadas só para a assessoria de imprensa”, disse Pena.

Passat preto estava com a porta do motorista aberta e corpo do aluno encontrava-se no chão (Foto: Rafaela Carvalho)
Passat preto estava com a porta do motorista aberta e corpo do aluno encontrava-se no chão (Foto: Rafaela Carvalho)

A área ao redor do carro do aluno morto foi isolada para que as investigações fossem feitas sem interferência. Assustados, os donos dos veículos estacionados próximo ao local do assassinato saíram com seus automóveis da área mediante autorização da Guarda Universitária. Um colega da turma de Felipe, que prefere não se identificar foi chamado para uma primeira identificação do corpo.

O diretor da FEA Reinaldo Guerreiro chegou ao local por volta da 23h40. Próximo das 23h50, a mãe da vítima teve acesso à cena. “É o Felipe?”, perguntou a mulher aos policiais antes de começar a chorar.

Colegas definiram Felipe como uma pessoa tranquila, que trabalhava muito. Provavelmente, o estudante se formaria ao final desse ano e trabalhava numa empresa de administração de fundos.

O Centro Acadêmico Visconde de Cairu (CAVC) da FEA  organizou, por meio de redes sociais, duas manifestações em frente à faculdade pedindo maior segurança no campus. As aulas deverão ser paralisadas. As concentrações ocorrerão às 7h15 e 19h15 do dia 19.

Impressões

Estudantes da FEA alegam que o bolsão da faculdade é escuro e por a Poli ter um trânsito maior de alunos durante o dia, a região fica deserta.

O pai de uma caloura do curso de Administração na FEA, que prefere não ter o seu nome completo revelado, acompanhou o início das investigações do caso à distância. Ele conta que, por não achar a Cidade Universitária segura, vai todas as noites buscar a filha após as aulas na Faculdade. “Parece que é um filho meu caído ali. Como podemos nos sentir seguros?”, diz Tony, como prefere ser chamado.