Falta de bebedouros gera mobilização na Psico

Para terem como beber água, os estudantes levaram os aparelhos do prédio central para o bloco de aulas da unidade

A falta de bebedouros no Instituto de Psicologia é um problema antigo. Não é raro ir ao bloco de aulas e ter que passar sede, ou porque todos bebedouros estão quebrados, ou porque simplesmente foram retirados para manutenção e não voltaram mais – e isso acontece há anos. No entanto, uma mobilização criativa dos alunos resolveu o problema dessa vez: eles próprios instalaram novos bebedouros.

“Desde sempre, bebedouros e banheiros têm problemas de manutenção, justamente no prédio de maior circulação do instituto. Em reunião fechada do Conselho Técnico Administrativo, a diretoria nem sabia das questões, pois a assistência técnica não deu conta das nossas reclamações”, diz Alan Rizério, representante discente do conselho.

Após um ato de protesto em que se formou uma fila para beber água no bloco da administração (no qual os bebedouros sempre funcionam), os alunos retiraram dois bebedouros de lá e os levaram para o prédio de aulas. Fernando Horta fez parte do “sequestro” e conta que o ato foi pacífico: “ninguém nos impediu de reinstalar os bebedouros e não sofremos repressão. O ato teve apoio dos outros alunos, não foi algo isolado”.

Um funcionário da manutenção nos ajudou na instalação. Toda a ação acabou chamando atenção dos alunos, que compareceram em maior número do que de costume na reunião do centro acadêmico.

Outras reivindicações

Além desse ato, houve outra conquista dos alunos. Em reunião aberta com a diretoria, eles conseguiram delinear uma espécie de fórum mensal, que vai reunir representantes entre os alunos da graduação e do cursinho que funciona na psicologia, funcionários, diretoria e professores.

A diretoria tem se mostrado aberta ao diálogo, no entanto muitas questões importantes não passam pelos alunos e funcionários, como ocorre em toda a universidade. “Há problemas na representatividade com a diretoria. Muitas coisas são decididas sem consulta, como a instalação de catracas no prédio da administração, mudanças em todo o organograma do instituto, deliberação sobre demissões de técnicos de estágio, funcionários da copa e da segurança”, diz Fernando.