Guarda Universitária mapeia áreas de risco no campus

Seis é o número de áreas identificadas como de risco na USP, segundo mapa com dados do Centro de Planejamento e Controle apresentados na reunião do Conselho Gestor do Campus da Capital, realizada em 3 de maio deste ano. Dessas, quatro são áreas que englobam os acesso à USP: portão Fepasa (CPTM), divisas com a São Remo, portão Vila Indiana e estrada do “Mercadinho”. As demais são a Praça do Relógio e o Parque Esporte para Todos, próximo a Rua do Matão.

A área de abrangência do portão Fepasa vai da saída de pedestres até as travessas B e C próximo ao Crusp. O risco apontado nesse trecho é de abordagem por menores infratores, nos intervalos de12h às 15h e 20h às 0h. E mulheres desacompanhadas correm perigo de sofrer violência física. Em outro mapa, também apresentado na reunião do dia 3, são identificados os locais com mais furtos de veículos. Além de pontos isolados, o mapa destaca uma área com maior concentração de ocorrências desse tipo.

Mapa de áreas de risco na Cidade Universitária

Cristiano é uma das vítimas que entrou para as estatísticas. No dia 4 de abril, seu Gol 2003 foi furtadoenquanto ele assistia uma aula de francês da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). O carro estava estacionado próximo aos Bancos, na Avenida Professor Luciano Gualberto, que fica na área com mais furtos desse tipo. O agravante é que não tinha seguro e sua família dependia do carro. Indignado, diz que vai processar a USP, o Estado e a EVIK (empresa que presta serviços devigilância para USP). Para ele, o Estado só garantiu seus estudos, mas não sua segurança. No caso deCristiano, a perda foi apenas material, diferentemente do fim trágico da tentativa de assalto do dia 18 de março.

Sequestro-relâmpago

Entre o final de março e o começo de abril deste ano, pelo menos três casos de sequestro-relâmpagoforam divulgados na imprensa. Uma dessas vítimas foi Carolina, aluna de mestrado do Instituto de Química. No dia 18 de abril, às 19h40, ela e uma amiga foram abordadas por dois bandidos ao ladodo carro, que estava localizado próximo ao instituto (também apontado como uma área de furto de veículos). Os sequestradores ordenaram que elas fossem para o banco de trás e sairam com o carro. Levaram seus cartões e celulares e as abandonaram fora do campus. A polícia encontrou o carro nomesmo dia.

“No meu caso, a violência foi mínima, mas o psicológico foi bem afetado”, conta Carolina. Ela continua frequentando as aulas e diz que procura estar acompanhada, ou ter alguém a vigiando quando vai ao carro. Mas lembra que, quando sofreu o sequestro, não estava sozinha.

A redação optou por não divulgar os sobrenomes das para preservar as fontes.