Mudança na Fuvest diminui convocação na segunda fase

No dia 2 de junho, o Conselho de Graduação da USP aprovou mudanças no vestibular da Fuvest, válidas para a prova deste ano. Entre elas, estão a utilização da nota da primeira fase no cálculo do resultado final do aluno e o aumento da nota mínima na primeira fase de 22 para 27 pontos. O número de convocados para a segunda fase do vestibular também deve diminuir. Hoje, são três candidatos por vaga. Com a mudança, serão entre dois e três.

Segundo o professor Paul Jean Etienne Jeszensky, Pró-Reitor Adjunto de Graduação e coordenador do grupo de trabalho para o vestibular da USP, o objetivo é melhorar o processo. “A mudança de 22 para 27 na nota mínima é um indicador da qualidade que queremos de nossos estudantes calouros. Para um ingressante na USP é o mínimo que se pode exigir”, afirma. Além dessas mudanças, os ingressantes também terão que responder um número menor de questões no segundo dia da segunda fase (diminuição de 20 para 16 perguntas).

Os vestibulandos poderão optar por uma carreira diferente a partir da 3ª chamada. De acordo com Paul, essa escolha será feita apenas com as vagas remanescentes. Portanto, nem todos os cursos serão disponibilizados ao candidato. Segundo ele, o principal objetivo da medida é preencher vagas desocupadas em outras unidades.

Márcio Ferreira, 18, vai prestar o vestibular para Engenharia de Produção na Poli. Para ele, nem todos os itens das mudanças são positivos para os vestibulandos. “A diminuição dos ingressantes na segunda fase vai prejudicar aqueles candidatos que se dão melhor com questões dissertativas. É o meu caso, por exemplo”, afirma. Porém, Márcio aprova a utilização da nota da primeira fase no resultado final. Para ele, não se pode desprezar o desempenho dos candidatos nessa etapa.

Rafaella Barbosa, 17, está no último ano do Ensino Médio e quer estudar Direito na USP. Para ela, a prova deve ficar mais seletiva, embora as mudanças não façam tanta diferença para os candidatos. “A maior preocupação de um pré-vestibulando é dominar a maior quantidade possível de conteúdos. Tendo esse domínio e dando a devida importância às questões teste e dissertativas, a dificuldade é a mesma”, conta.

É o que também afirma Paul. De acordo com ele, nada muda para o candidato, já que a prova e as matérias continuam as mesmas.