Relato de um repórter-jogador amante do jogo

Todos os jogadores de rúgbi sabem que não existe razão para jogá-lo, simplesmente pelo fato dele ser um esporte que se joga com o coração.

Para contar o que se passa em uma partida, e o que você sente durante um jogo, poderia se falar de regras, táticas, técnicas e esse tipo de coisa. Elas são importantes, não há dúvida, mas o que faz alguém um verdadeiro jogador de rúgbi é a vontade, a confiança e a amizade conquistadas durante os jogos.

A vontade de sempre ter a bola, como se o simples fato do outro time ousar cogitar a hipótese de tocá-la fosse uma ofensa pessoal, gravíssima! Entrar na jogada independente do que possa acontecer, e independente do que aconteça, significa que você fez o seu melhor e vendeu caro a derrota do time.

Confiança para saber que o adversário troglodita que vem em sua direção, com tanta vontade quanto você, não vai conseguir te parar. No jogo, ter a certeza de que você vai conseguir é a diferença entre conseguir de fato ou não.

Amizade para saber que sempre existirá alguém no seu apoio, que você não ficará caído sem proteção a centímetros da linha de ponto porque ninguém acompanhou a sua corrida, ou que você será obrigado a marcar dois oponentes prestes a executar a jogada, porque algum afobado saiu da formação inicial do time.

Rúgbi é colocar a bola na linha do try e perceber que cada centímetro do campo foi conquistado, batalhado e tomado de um adversário que queria a bola e os louros da vitória tanto quanto você. E tudo isso ser uma das melhores sensações que se pode ter.