Uspianos discutem o Novo Código Florestal

Alunos da USP de São Carlos foram à Câmara Municipal de Vereadores, subiram na tribuna livre e pediram apoio para uma moção de repúdio ao Novo Código Florestal. Conseguiram mobilizar políticos, universitários, a população e a mídia local para a causa. O ato, que também contou com ações de panfletagem nas ruas da cidade, foi organizado em maio por estudantes da Engenharia Ambiental da USP e de Biologia da UFSCar. “Depois desse ato, foi criado um comitê amplo na cidade para discutir e propor ações contra essas mudanças. E é nesse pé que estamos agora”, conta Pedro Mattos, diretor do DCE de São Carlos.

O comitê atual conta com integrantes da SAPA (Centro Acadêmico da Engenharia Ambiental daUSP/São Carlos), do coletivo Malungo/ENEBio (Entidade Nacional dos Estudantes de Biologia), de estudantes de diversos cursos como Gestão Ambiental e Arquitetura, além de moradores de São Carlos. Pedro conta que o grupo está organizando visitas às escolas da cidade “para falar da questão à juventude”.

Outros campi da USP que têm grupos mobilizados pela causa são a Esalq, em Piracicaba, e o Campus da Capital, no Butantã. No caso de São Paulo, o tema está sendo discutido pelo DCE, por meio do Cômite da Campanha Contra os Agrotóxicos. Para Lira Alli, que participa das discussões, a campanha contra o uso de agrotóxicos está diretamente ligada à luta contra as alterações do Código Florestal.

O diretor do DCE de São Paulo, José Quibao Neto, explica que a atual revisão do código se relaciona à uma economia agrária pautada na monocultura, nos latifúndios e na exportação. Com isso, o desmatamento e o uso intensivo de agrotóxicos seriam consequências dessas diretrizes.

Para discutir as alterações no Código Florestal com os alunos do campus, o DCE está organizando um ato-debate no dia 16 de junho. Haverá a presença do deputado federal IvanValente (PSOL-SP) e de integrantes da Via Campesina, que representa diversos movimentos sociais do país. O horário e local serão divulgados nos próximos dias. Além disso, o comitê se reúne frequentemente. Quem tiver interesse em participar das reuniões abertas, pode se informar com José Neto (josequibaon@gmail.com) ou no barracão do grupo ComerAtivaMente, na USP.

No Brasil inteiro, outros grupos de estudantes estão discutindo o assunto. Exemplos são a ENEBio, a FEAB (Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil) e a ABEEF (AssociaçãoBrasileira dos Estudantes de Engenharia Florestal).