Vivência da ECA está com estrutura comprometida

A vivência da ECA, que abriga semanalmente a chamada Quinta i Breja, não está adequada às normas de segurança. Segundo a comissão responsável pelo prédio, há necessidade urgente dereformas na parte elétrica e hidráulica, o que deve ocorrer no mês de julho.

Os principais pontos da reforma são o encanamento dos banheiros e a parte elétrica interna e externa da vivência. Além disso, também há planos de reforçar a segurança das portas e refazer a pintura das paredes, que seriam novamente cobertas pelos tradicionais grafites.

Os alunos dispõem cerca de seis mil reais para concretizar a reforma, orçada em aproximadamente 12 mil. Também há possibilidade da diretoria contribuir. “Nós estamos aguardando um levantamento de necessidades”, afirma o diretor da ECA, Mauro Wilton de Sousa. Apesar de o diretor não mencionar nenhuma quantia, Giuliano Galli, representante da comissão de vivência, diz que esperam um ajuda de aproximadamente seis mil reais.

O prédio da vivência não faz parte do mapa oficial da ECA. Apesar disso, as entidades estudantis cobram apoio da diretoria. “O prédio não é da ECA, mas os alunos estão lá”, afirma o diretor.

Canil_Espaço Fluxus

Outro espaço da ECA que aguarda reformas é o Canil. No final do ano passado a Coordenadoria do Espaço Físico da USP tentou demoli-lo, mas foi impedida pelos alunos que presenciaram a cena.

De acordo com Paulo Fávero Gomes, aluno de Artes Visuais da ECA, o local não apresenta risco aos alunos. “Com a tentativa de demolição, se apresentou a estrutura extremamente resistente do Canil”. A ideia do projeto de reforma é tornar aparente a tentativa de demolição, com materiais transparentes que revelem a estrutura da construção.

Paulo não vê necessidade de intervenção da diretoria. “O espaço foi de autogestão dos estudantes desde sua ocupação em 2006”. Há cinco anos, alunos destruíram as jaulas que abrigavam cães abandonados e transformaram o canil no hoje chamado Canil_Espaço Fluxus de Cultura, que é palco de saraus, shows, debates e conserva-se como um dos poucos espaços de encontro de alunos de toda USP.