CAs, DCE e UNE se posicionam quanto a greve dos estudantes

Após a Assembleia geral dos estudantes, que se encerrou às 23h15 desta terça-feira, 8 de novembro, alguns centros acadêmicos manifestaram-se oficialmente em suas respectivas páginas na web e redes sociais.

O CAVC, da FEA, lamentou novamente a polarização entre os estudantes, discordando das “ações de setores radicalizados”. Em nota oficial, rejeitou a ocupação de prédios públicos e a suspensão das atividades discentes. Já o CALC, da ECA, declarou apoio total aos estudantes e repudiou “veementemente a ação da Polícia Militar e da reitoria durante essa madrugada”. Além disso, agendou para quarta-feira uma assembleia com os estudantes da Escola, às 18h.

Assim como o CALC, outros Centros Acadêmicos divulgaram agendas com os próximos passos a serem tomados pelos alunos. Dentre eles, o CAELL (Letras) publicou um calendário de mobilizações que inclui a paralisação dos estudantes, aula pública  e assembleia. No calendário do CAF (Filosofia), estão previstas para amanhã plenária dos professores, funcionários e estudantes, aulas públicas com os professores Pedro Paulo Pimenta (a confirmar) e João Adolfo Hansen, assembleia e, no fim do dia, “música e venda de cerveja para arrecadação do pagamento da fiança”.

O GFAU marcou assembleia para 12h30 e o CAASO (USP São Carlos) realizará um debate sobre a PM na USP às 18h30. O GUIMA (IRI) pretende lançar uma nota; no entanto, afirma que “o modelo defendido pela atual gestão acredita que essa nota deva ser construída juntamente com todos os alunos de RI. Por isso, estamos levando as questões para nossas plenárias internas, para que, assim, um debate seja construído e uma nota publicada”. O Ceupes (Sociais) divulgou nota oficial da gestão, na qual diz haver um “processo claro de criminalização dos movimentos estudantil e sindical, e de militarização do ambiente universitário” e que há uma “incompatibilidade entre forças coercitivas e o ambiente universitário”.

Segundo a ata do DCE da Assembleia Geral da terça, haverá um ato nesta quinta-feira, 10 de novembro, às 14h no Largo São Francisco, e a próxima Assembleia Geral dos Estudantes ocorrerá às 18h, no mesmo local.

Por fim, a União Nacional dos Estudantes (UNE), declarou que “a invasão da Cidade Universitária por forças policiais e a detenção dos estudantes é injustificável”. Para a união, “o uso da força e da truculência não é a melhor forma de agir frente ao debate que se criou com a decisão autoritária e imediatista da atual gestão da USP”. A união acredita que a polícia brasileira é atrasada, convoca estudantes para debate e propõe outras medidas para a segurança da cidade universitária.

Colaborou Carolina Linhares