“Foi tudo um desencontro de informações”, esclarece diretor da UNE

O pai do aluno Carlos Henrique Leite Silva mobilizou uma busca pelo paradeiro do aluno da FFLCH, que se encontrava de cama na casa da mãe

Heitor Claudio Silva, professor de História, postou em seu Facebook no dia 9 de novembro, no começo da tarde, um pedido de ajuda para localizar seu filho. Carlos Henrique, 22 anos, diretor da União Nacional dos Estudantes, militante da Juventude do PT e aluno de História da USP, não conseguia ser contatado pelo pai havia mais de 24h. O status teve 243 compartilhamentos e foi divulgado em diversas mídias sociais. Após um dia inteiro de mobilizações de diversos estudantes, funcionários, jornais e inclusive autoridades, o paradeiro do aluno foi esclarecido: Carlos Henrique se encontrava na casa da mãe, doente, e incontatável pois a bateria de seu celular tinha acabado.

“Fui para a casa da minha mãe no domingo”, conta Carlos. “Lá não tem internet e esqueci de levar o carregador do celular, então não consegui avisar ninguém”. O aluno explica que a preocupação do pai veio principalmente por causa da ação da PM no Crusp na terça-feira de manhã, pois ele mora no Bloco A1, que foi contemplado na atuação. Além disso, o aluno participou da ocupação do prédio da reitoria, e estaria no local se não estivesse mal de saúde. “Isso acabou gerando um acontecimento. Um monte de gente se mobilizou: José Eduardo Cardoso, o Suplicy, meu pai foi até a Assembleia Legislativa e tinha até gente da ONU pressionando a Secretaria de Justiça”.

Carlos ficou sabendo de tudo isso hoje às 14h, quando veio para a USP. Em seguida, contatou o pai, que ficou aliviado. “Tem gente me ‘zoando’ até agora, dizendo ‘ainda bem que você está bem, mas ainda vou dar uns ‘croques’ na sua cabeça’”, disse ao JC durante a assembleia de alunos de História da FFLCH.