Bichusp é recinto de calouros poliatletas

“As boas ideias idiotas são aquelas em que o arrependimento vem enquanto você faz aquilo que se propôs. As más ideias idiotas são aquelas em que o arrependimento vem depois”. Assim Philip Shimizu, bixo do curso de Publicidade e Propaganda, definiu sua participação como “bixo-atleta” neste início de 2012.

No Bichusp, ele defendeu as cores da ECA na natação, no tênis de mesa e em todos os esportes coletivos, exceto o basquete, simplesmente porque na hora do jogo não tinha uniforme o suficiente. “Como não pretendo mais ser bixo, achei que deveria aproveitar pra fazer tudo o que eu pudesse, jogando tudo que desse, mesmo que eu nunca tivesse treinado o esporte”, conta.

Aos 21 anos, Philip cursou pouco mais de dois anos de Engenharia Ambiental na Unesp, mas decidiu tentar a carreira de publicitário. Para os que um dia tiverem a oportunidade de participar do Bichusp, o bixo-atleta que levou uma porção de boas histórias, deixa o seu conselho: “Se Deus deu pra você um par de braços e pernas perfeitos, aproveita pra usar! Se cansar, pede um tempo, se não aguentar, pede para sair. Só não deixa de tentar!”

Uma história bastante diferente da de Philip é a de Fernando Prota. Aos 26 anos, Prota encara sua segunda graduação: também é bixo da ECA, em Turismo. Antes, em 2005, já havia entrado no Bacharelado em Esporte, curso da EEFE. “Entrei em outro curso por motivos acadêmicos e profissionais, aliar as duas graduações nos trabalhos que já exerço. Mas não posso negar que continuar uspiano e jogando também foram motivação”, conta ele.

No Bichusp, Prota jogou vôlei, basquete, futebol, tênis e foi um dos principais nomes do time de handebol que garantiu a medalha de prata. Sobre as diferenças entre jogar pela ECA e pela EEFE, ele faz algumas considerações: “Na primeira vez, é tudo novo, agora já conhecia tudo e todos. Mas o Bichusp é o torneio que mais gosto, por ter a oportunidade de jogar várias modalidades. É o campeonato que mais movimenta as atléticas, torcidas e alunos dentro da USP. Jogar por outra Atlética, depois de sete anos, ainda é estranho, mas é uma motivação”.

Mais do que continuar sendo um aluno da USP e poder participar dos torneios esportivos, a insistência de Prota deve-se à visão que ele tem do esporte universitário: “Fiz o bacharel em Esporte por acreditar no potencial que o esporte tem para mudar as pessoas, em todos os aspectos. E no [esporte] universitário isto está ainda mais presente! Fui durante três anos da Atlética da EEFE, trabalho em Inters e estou na LAAUSP por acreditar nesse potencial e, também, que o esporte universitário brasileiro tem muito a crescer esportivo, cultural e economicamente”.